Paulo Borges, idealizador doSão Paulo Fashion Week e um dos entusiastas doMovimento Sou de Algodão, criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), esteve na 33ª edição do IAF World Fashion Convention, no Rio de Janeiro, como um dos debatedores do painelAlgodão Brasileiro: Da Produção Sustentável à Prateleira - Iniciativas de Valor. Arlindo Moura, presidente da ABRAPA, e Ariel Horotvitz, diretor da Norfil, referência em fios de algodão no Brasil, também compuseram a mesa.
Na ocasião, Borges reforçou aimportância de iniciativas que fomentem o desenvolvimento criativo do mercado brasileiro da moda, com foco na vocação cultural diversa do país e também dashabilidades manuais e artesanais dos brasileiros.
"O Brasil precisa cada vez mais alcançar a sua capacidade criativa, inserindo matérias-primas que desenvolvam a cadeia como um todo e que assimilem a nossa identidade diversa. Sem dúvida o algodão é um expoente nesse sentido, já que está presente na malha, na tecelagem, no índigo, no jeans e em diversos elos que se comunicam com o público jovem e que têm uma expressão de moda no mundo inteiro", explica.
Já Arlindo Moura, presidente da ABRAPA, falou sobre a importância de conscientizar a indústria e os consumidores sobre asustentabilidade na cadeia produtiva do algodão e, claro, dos benefícios da fibra natural.
"O algodão brasileiro é sustentável ambiental, social e economicamente e não impacta o meio ambiente como os sintéticos, além de oferecer todos os benefícios de uma fibra natural como conforto e leveza", disse.
No Brasil, 81% de todo o algodão produzido é considerado sustentável pela certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável), ou seja, com uso racional de água e boas práticas de redução de impacto ao meio ambiente. Além disso, o país é o maior produtor de algodão sustentável mundo, representando 30% da produção mundial.
Para disseminar informações sobre o processo produtivo e benefícios do algodão, a ABRAPA criou oMovimento Sou de Algodão, que contempla diversas ações de incentivo ao uso da fibra na indústria têxtil do país, com oobjetivo de conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima na moda. Com o projeto, o objetivo da Abrapa é ampliar de 6% a 12% o uso do algodão na cadeia têxtil em um período de cinco anos.
As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversem tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras, além de parcerias com marcas, iniciativas com instituições de formação em moda e apoios, sempre com o objetivo de informar sobre os benefícios do algodão.