Kelen Samanta de Souza
Professora
O RETORNO às aulas neste momento gera um impasse muito grande, pois ao reabrir as escolas, se cria uma situação propícia ao contágio. Porém, temos quem acredita em um modelo híbrido de ensino, no qual parte das atividades é presencial e outra parte, à distância. Acredito que mesmo com todos os protocolos não é possível garantir que os estudantes cumpram as medidas de segurança, e é preciso pensar também que existe uma parte da população assintomática.
Desde o início da pandemia, o processo de ensino aprendizagem sofre mudanças que vão muito além do calendário escolar. Nós, professores, estamos em teletrabalho, nos reinventando diariamente, buscando alternativas para aproximar as famílias da escola. Incentivando, estimulando e apoiando as famílias neste importante papel de envolver os alunos com os estudos. Sem sombra de dúvida, retornando ou não às aulas presenciais, vamos viver a transformação da educação, evidenciando o protagonismo do aluno e reconhecendo a importância do afeto diante de qualquer iniciativa.
Melissa Urtassum Schmitt
Mãe de aluno
HÁ MAIS DE seis meses estamos convivendo com um vírus pouco conhecido, ainda que o mundo inteiro esteja engajado a desvendá-lo. O distanciamento social seria uma maneira de contê-lo, e as aulas presenciais foram trocadas pelas online. Professores e escolas se reinventaram. Pais e alunos também precisaram se adaptar. E o que seria provisório se tornou o nosso “novo normal”.
Agora, a retomada das aulas presenciais passa a ser um assunto estranho. O que antes era comum, hoje nos causa muitos questionamentos, tensão e insegurança. Aos pais cabe a escolha de mandar ou não seus filhos à escola. Às escolas e aos professores, o trabalho será redobrado, já que as práticas presenciais serão ministradas de forma concomitante às online, para aqueles alunos que não se sentirem seguros de retomarem a rotina pré-pandemia.
Complicado ter uma opinião formada e única sobre esse tema. O fato é que o vírus continua circulando, e o motivo pelo qual as aulas presenciais foram suspensas em março segue nos rondando da mesma forma.
Carina Scheneider Coutinho
Vice-diretora pedagógica
QUANDO Quando me questionam sobre o retorno às aulas presencias entendo que essa é uma questão fundamental na discussão do processo político e educacional do país. Fica muito claro que o impacto do distanciamento social causado na vida de alunos e famílias terá consequências em dois aspectos principais: aprendizagem e socialização. A aprendizagem é um processo constituído por etapas e, para que um indivíduo se desenvolva plenamente, utilizando suas capacidades é de suma importância a mediação do professor e a interação com seus pares. É no espaço físico da escola que se tem contato com diferentes realidades, que aliadas à oferta de novos conhecimentos com intencionalidade pedagógica oportuniza-se a formação integral do ser. Assim, sou favorável ao retorno das aulas presenciais, de forma gradual e segura, seguindo todas as orientações dos protocolos, mas oportunizando às famílias que necessitam e desejam o retorno, o direito de escolha e participação no processo de aprendizagem de seus filhos.