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O que você faz por você e pelo próximo? | Revista Afrodite

O que você faz por você e pelo próximo?

Um olhar para o outro

Marisa Gubert começou a fazer sabão, que tem a venda revertida para ajudar os animais de rua
O voluntariado animal surge no momento em que adotamos um animal de rua. Quando nos damos conta do quanto eles dependem de nós e como são amáveis, não conseguimos suportar a ideia de que haja qualquer animal desassistido. Na minha casa vivem quatro gatos e um cachorro, todos recolhidos, mas o voluntariado nos permite fazer além do que a estrutura física comporta. Antes da pandemia, aliado ao meu trabalho como técnica de enfermagem, auxiliava o Brechó Latidos e Miados, que não é vinculado a uma ONG, mas é coordenado e administrado por uma protetora que tem minha total confiança, a Silvana Boff, e ajuda casos pontuais, de acordo com as necessidades que mais nos tocam. Agora, em isolamento social, estou em casa fazendo sabão, cuja venda reverte para suprir o mesmo brechó que estava fechado até poucos dias. A situação não podia paralisar nosso trabalho, tendo em vista que não paralisou as necessidades dos nossos amados animais de rua. Eles seguem necessitando de alimentos e tratamentos. A participação no voluntariado animal pode ser muito simples, pois se cada um fizer um pouco, nenhum animal ficará desassistido, o que com certeza será o início de um mundo melhor de se viver.

 

Um olhar para você

Rosane Naissinger encontrou a paz dentro de si através do yoga
Minha infância até os 11 anos foi no interior e, quando, aos 12 nos mudamos para a cidade, tive que trabalhar, pois éramos muito pobres. Por algum tempo estive meio perdida, sem capacidade de descobrir minha nova identidade. Foi quando entrei em contato com o mundo da música, e de algum modo músicas como as do Raul Seixas foram me possibilitando compreender esse novo e diferente mundo. Pouco a pouco fui construindo minha própria compreensão da vida. Essa jornada através do som durou anos, até eu conhecer o yoga e, com ele, o silêncio, que me pareceu tão mais familiar. Iniciei uma jornada interna de autoconhecimento com a prática regular e comecei a me compreender e também a dualidade da existência. O ponto de giro, quando voltei a me sentir em casa novamente, foi quando compreendi que precisava fazer o que cabe a mim, e que ninguém mais poderia fazê-lo. Essa compreensão e confiança tem me permitido experienciar um contentamento genuíno, comigo e com a existência, um sentimento profundo de fazer parte e que se transforma em uma experiência de paz, mesmo em meio às dificuldades, como essa pandemia que estamos vivenciando. E quando falo paz não estou filosofando, não é uma utopia, é algo real e concreto que me possibilita identificar e resolver os meus problemas diários com muito mais facilidade e tranquilidade. Então, felicidade pra mim é saber que nada nem ninguém pode me tirar desse lugar de paz, quietude e confiança, pois esse lugar é dentro de mim.