|
DILMA TESSARI
Médica ginecologista
TENHO A SENSAÇÃO que estamos em fase de transição para um tempo no qual a inovação e a versatilidade terão papel preponderante, e teremos que avaliar o que continua ou descontinua, pois tudo parece volátil, tanto os fatos, quanto os relacionamentos. O mesmo cenário se coloca na área da saúde, que está conceituada como sendo o estado de bem-estar biopsicossocial e espiritual, portanto, verdadeiramente linkada ao indivíduo. Por conseguinte, o estado de saúde/doença reflete o indivíduo e a sociedade, uma vez que está bem fundamentado que esses estados se originam, além da genética, nos sentimentos que vivemos e produzimos. Também nesta década consolidamos o aumento do nosso tempo de sobrevida e, com isso, o aparecimento de doenças. Por outro lado, não conseguimos prover suficientes recursos para tratamentos, pois o financiamento de uma maneira geral, não está previsto da forma adequada a proteger o nosso bem maior, a vida. O que deixar para trás? O ranço, a mágoa, o que não serve mais ao novo tempo, o individualismo... O que levar: a ética, a espiritualidade, o pensamento construtivo com vistas ao coletivo sustentável, a capacidade de produzir e otimizar recursos e de priorizar adequadamente os investimentos de forma favorável à nossa própria sobrevivência.
|
|
THANYA LIMA
Terapeuta holística
NOS ÚLTIMO 10 ANOS experenciamos mudanças de padrões e vibrações, tanto a nível da materialidade quanto de energias sutis. Na minha observação, em contato com muitas pessoas, acabei percebendo a necessidade de desenvolvermos 12 atributos que serão de extrema importância para aplicação na próxima década, que iniciará em 2020. São eles: disciplina, paciência, fé, ambição, experimentação, flexibilidade, percepção, espiritualidade, atitude, versatilidade, valorização e discernimento. Somente com disciplina e aplicação de paciência todos os dias da nossa existência, a fé renascerá e a ambição se fortalecerá. Através das experimentações, com muita flexibilidade e total percepção da nossa espiritualidade, é que teremos as atitudes necessárias para o nosso bem-estar maior. Com versatilidade e, em primeiro lugar, nos valorizando, a tudo conquistaremos. Ao moldarmos os valores que vamos adquirindo com o discernimento, teremos o poder das escolhas. Isso só poderá existir se colocarmos em tudo a pitada do que mais necessitamos, o amor. Que juntos possamos estar em mais uma década de muitas revelações e mudanças causadas por nós mesmos.
|
|
Paola Reginatto
Empresária
A INDÚSTRIA DE transformação brasileira foi marcada por uma drástica queda de participação no PIB nacional na década atual. Essa queda é o resultado da desindustrialização do nosso país que, aliás, já vem de 15 anos. De 2004 a 2018, a indústria encolheu 36% na participação do PIB. A dura realidade é que 2018 teve o menor índice do período apurado pelo IBGE, em 11,3% do PIB, e fecharemos a década com um número talvez menor em 2019. A boa notícia vinda da indústria da moda é que nessa década mudouse muito mais que design, cores e modelagens. Todos nós somos novos consumidores, mais conscientes, mais engajados com o consumo responsável, mais receptivos a estéticas diversas, gêneros diversos, circulando com mais naturalidade pelo consumo digital. O que a moda leva para a nova década já estamos experimentando com têxteis brasileiros coerentes na sustentabilidade, leia-se aqui não apenas o zelo ao meio ambiente, mas também a sustentabilidade econômica e social (comprando produtos fabricados no Brasil estamos cuidando deste quesito, garantido o emprego de centenas de pessoas em cada peça) e, o que acredito ser a chave da nova década: produtos e marcas com identidade, respeito ao consumidor, com alma.
|