por Vivian Kratz*
*JORNALISTA E PSICÓLOGA
Uma doença, muitos efeitos colaterais. Bem além das infecções, mortes e impactos no sistema de saúde e na economia, a pandemia do novo coronavírus vem precipitando diferentes sintomas também nas relações interpessoais e conosco mesmos. Dificuldade de ficar sozinha, sem programas sociais, ou em conviver tão intensamente com quem compartilha a casa, filhos sem ir para a escola, violência doméstica e abuso infantil estão entre os problemas que, em muitos casos, não iniciaram agora, mas se intensificaram no cenário atual.
Enquanto algumas lidam bem com o isolamento, outras sofrem intensamente e se desestabilizam. Relações conjugais que já não iam bem, agora tendem a findar. Pesquisas dão conta de que a busca por escritórios especializados em divórcio cresceu 177% em relação ao ano passado. Segundo um levantamento do Google, a busca por “divórcio online gratuito” cresceu quase 10.000% – isso mesmo, 10 mil por cento.
O problema em números
A orientação é ficar em casa para se proteger, mas, e quando o lar não é o local mais seguro? Pelo contrário, é sinônimo de medo e agressões? Com 90% dos casos de violência sexual e outros tipos de violência contra crianças e adolescentes ocorrendo dentro do ambiente familiar, praticados por quem tem o dever legal de protegê-los, a suspensão das aulas e a permanência das crianças mais tempo em casa acaba as expondo ainda mais a esse risco.
Outra faceta desse mal que mora em casa é a violência contra a mulher, que também cresceu no período. A maior convivência com o agressor a partir das políticas do “fique em casa”, somada a fatores de risco como o aumento do consumo de álcool e drogas, e dificuldades econômicas, são como pólvora e faísca em ambientes onde violência verbal, física, moral, psicológica, sexual e/ou patrimonial já eram presentes. De acordo com especialistas no assunto, nenhum homem pacífico se torna violento por causa do isolamento social. A violência é um padrão aprendido na família e na sociedade, mas o maior tempo em casa parece ter acentuado desigualdades e vulnerabilidades preexistentes.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que o índice de feminicídios cresceu 22,2% em março e abril, já as chamadas para o número 180, a Central e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, subiram 34% em comparação ao mesmo período de 2019. Levantamento da mesma organização em parceria com a empresa Decode revela aumento de 431% em relatos de brigas de casal por vizinhos em redes sociais entre fevereiro e abril.
Os números reforçam a importância de disseminar informações sobre os canais oficiais que oferecem apoio às vítimas. Em Caxias, alguns locais para buscar orientação e apoio são o Centro de Referência da Mulher e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
Mudança atinge senso de controle
No entanto, muitos se perguntam: não nos queixávamos de trabalhar demais, de falta de tempo para ficar com a família e realizar nossos hobbies? Por que agora parece tão difícil ficar em casa? Acontece que a mudança radical de realidade e de forma imposta, não voluntária, afeta a saúde emocional e atinge nosso senso de controle. “Como assim, do dia para noite, a partir de uma mudança de bandeira, não posso mais abrir meu negócio, não posso ir trabalhar amanhã, as crianças não têm mais aula?”
Havia uma organização que se desmantelou. É natural que a angústia em relação a esse desconhecido, ansiedade, irritação, tristeza, entre outras sensações difíceis, escalem, para uns mais que para outros, mas todos de alguma forma e em algum momento são afetados. Se as emoções estão à flor da pele e você não está dando conta de se estabilizar sozinha, vale buscar ajuda para atravessar esse momento. A terapia pode ser uma ferramenta valiosa para cuidar de si, das relações e desenvolver novas estratégias para enfrentar as dificuldades.
Afrodite reuniu dicas e orientações para ajudá-la a lidar com os desafios do momento.
Pais e filhos
Com a intensificação da convivência diária, no lugar de mais conflitos, o período de quarentena pode ser uma ótima oportunidade para fortalecer o vínculo com os filhos. À primeira vista não é fácil conciliar os compromissos profissionais com a atenção exigida pelos pequenos, mas com estratégia, organização, um pouco de criatividade e muita paciência, não só é possível, como pode ser divertido e prazeroso.
Entrar na brincadeira é uma ótima saída, assim como tornar a casa um ambiente propício à aprendizagem e ao bem-estar. Dividir tarefas com o parceiro(a), quem tem, revezando-se nos cuidados e tirando um tempo para si, faz toda a diferença. Pedir ajuda da rede de apoio confiável, como amigos, família, vizinhos, e orientação profissional quando necessário, também é essencial. Confira as dicas da pedagoga Bruna Duarte Vitorino:
:: Se está trabalhando em casa e tem filhos em idade escolar, crie uma atmosfera de trabalho com todos no mesmo cômodo, envolvendo também as crianças.
:: Monte um planejamento de estudo e tenha um local específico para esse momento em casa, se possível, num ambiente bem iluminado, organizado e longe de distrações.
:: Invista em tempo de qualidade, aproveitando para conhecer melhor os conteúdos que seu filho estuda, revisando-os e aprofundando com pesquisas na internet e vídeos no YouTube.
:: As atividades de aprendizagem podem ser lúdicas, prazerosas e divertidas. Não faltam ideias inspiradoras nas redes sociais de boas práticas e com materiais que todos têm em casa.
:: Contar histórias reforça os laços emocionais e estimula o gosto pela leitura. Escolha um conto e proponha ler em conjunto, permitindo-se incorporar vozes dos personagens, tornando tudo mais divertido e mágico.
:: Desenhos para colorir e contornar contendo letras e números estimulam o conhecimento, a escrita, a concentração e a coordenação motora.
:: Quebra-cabeça, dominó, dama, xadrez, palavras-cruzadas, jogos de adivinhação, vôlei, futebol... trabalham o raciocínio, a consciência corporal, ajudam a gastar energia e envolvem a atenção.
:: Não se desespere, lembre-se que a aprendizagem dos conteúdos formais pode ser recuperada depois. Reserve um tempo só para as crianças, com contato olho no olho e longe do celular. Pode ser 20 minutos por dia, se for de atenção exclusiva e genuína, terá um efeito acalentador no cotidiano e na saúde emocional delas inclusive a longo prazo.
Vida a dois
Os casais que já enfrentavam problemas acabam sofrendo mais, mas mesmo relacionamentos que andavam bem podem ser afetados por tantas mudanças. A falta ou a redução de acesso a outras redes de relações, como grupos de amigos e colegas, e o home office juntos levam a um excesso de convivência que podem ser prejudiciais ao equilíbrio do casal. As novas demandas que precisam ser adaptadas, como a rotina dos filhos e/ou os cuidados com pais mais velhos, somadas a incertezas econômicas, preocupações e estresse podem ser outras dificuldades. Cada caso é único e influenciado por inúmeros fatores que, combinados, explicam o agravamento da desarmonia entre as duplas afetivas.
Dependendo da disposição de cada um, muitas vezes é possível investir na busca de caminhos para melhorar a qualidade da relação:
:: Manter uma rotina independente do cônjuge, com horários e atividades individuais, ajuda na saúde mental e da relação. Não é porque estão confinados que precisam fazer tudo juntos o tempo todo. Equilíbrio entre proximidade e distância é fundamental e esse ponto difere de casal para casal.
:: Respeitar a privacidade e os horários do outro é essencial. Não é porque está trabalhando de casa que ele/ela está disponível o dia inteiro. Permitir ao outro ficar sozinho, ter seu momento introspectivo para ler, meditar ou ouvir uma música faz bem para si e para a relação.
:: Uma divisão justa de tarefas e serviços da casa desfaz sobrecargas. A quarentena é excelente oportunidade para repensar responsabilidades dentro do lar e rever antigos paradigmas como “isso é coisa de mulher”. Vejam as aptidões e facilidades de cada um e conversem sobre o assunto.
:: O diálogo ajuda a resolver conflitos, mas evite atitudes e falas agressivas, prefira conversar quando os ânimos não estiverem exaltados.
Se acontecer, procure baixar a valência das emoções difíceis antes de continuar conversando. Escalados emocionalmente ninguém se escuta e, ao se sentir atacado, o instinto é partir para a defesa, seja contra-atacando ou se fechando.
:: Calibre o olhar para o lado bom de ter alguém do seu lado na quarentena, como ter momentos de lazer em conjunto, o que costuma ser muito prazeroso. Aproveite os horários livres e os finais de semana para curtir a companhia um do outro de forma segura e saudável, como se exercitar junto, jogar, cozinhar, dançar, fazer uma massagem, assistir seriados e filmes juntos. Os filhos não são desculpa, organize para as crianças irem para a cama cedo e tenham um momento a dois.
:: Calibre o olhar para o lado bom de ter alguém do seu lado na quarentena, como ter momentos de lazer em conjunto, o que costuma ser muito prazeroso. Aproveite os horários livres e os finais de semana para curtir a companhia um do outro de forma segura e saudável, como se exercitar junto, jogar, cozinhar, dançar, fazer uma massagem, assistir seriados e filmes juntos. Os filhos não são desculpa, organize para as crianças irem para a cama cedo e tenham um momento a dois.
:: Ser tolerante e empático são dicas de ouro. Em um momento tão atípico e que ninguém esperava, é preciso fazer o exercício de se colocar no lugar do outro, sentir suas dores e, com isso, ser mais paciente, inclusive com os erros, que ficam mais evidentes por conta da convivência massiva. Não está fácil para ninguém e em algum momento o parceiro(a), por estar angustiado(a), pode agir mal. Nessas horas, lembre-se que você é a única responsável por decidir como reage às circunstâncias. Aquele que está bem naquele momento apoia e dá suporte – às vezes apenas não brigando – e, com isso, gera compaixão do outro para receber suporte quando não estiver legal. Cria-se um círculo virtuoso de reciprocidade.
:: Para casais com filhos em idade escolar, em que os dois trabalham, é preciso estabelecer uma rotina e alternar responsabilidades para que, em algum momento, os dois possam trabalhar e descansar, evitando sobrecargas.
Violência, não!
Com o objetivo de incentivar as denúncias de violência doméstica, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uniram-se para lançar a campanha Sinal Vermelho. Ao desenhar um “X” vermelho na palma da mão e mostrar para os profissionais de uma das 10 mil farmácias parceiras espalhadas pelo Brasil, a vítima pode romper o ciclo de agressões e receber o socorro necessário. No Rio Grande do Sul, nas farmácias com o selo Farmácia Amiga das Mulheres, a “senha” para o pedido de ajuda é pedir uma máscara roxa. O atendente, treinado, pegará os dados e tomará as providências.
O problema é tão sério – e merece atenção e envolvimento de todos – que diversas marcas e empresas estão engajadas na causa. O “botão da violência” do app da Magalu, que já permitia a ligação para o 180, agora também liga direto com o chat do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e com o 190. O design da página de denúncia mimetiza uma tela de carrinho de compras, garantindo a discrição para mulheres que, em tempos de quarentena, estão isoladas com seus agressores.
Casos como o da atriz Luiza Brunet, que tornou pública a agressão que sofreu do então marido, o bilionário Lirio Parisotto, mostram que os episódios não escolhem classe social e acontecem a qualquer tempo. Medo, vergonha e o desejo e/ou esperança de que não aconteça mais ou que a pessoa mude estão por trás das subnotificações ou até da desistência de medidas protetivas requeridas. Mas é preciso mudar essa realidade e, para isso, informação, apoio e união de esforços se fazem necessários:
Fique atenta aos fatores de risco:
:: O agressor possui arma de fogo, tem antecedentes criminais, histórico de violência contra mulheres, já descumpriu medidas protetivas, despreza figuras de autoridade como policiais e juízes, faz uso indevido de álcool e/ou outras drogas, apresenta algum tipo de transtorno mental? Outros sinais de alerta são comportamento controlador, envolvimento amoroso rápido demais, expectativas irreais, isolamento dos amigos e familiares, descontrole emocional, crueldade contra animais, comportamento de negação (negar atos anteriores, inverter responsabilidades).
:: Perceba o ciclo da violência, se não houver uma quebra, a história se repete: primeiro o homem ameaça e fica violento verbalmente, pode quebrar objetos (fase 1); depois é o momento que acontece a violência física (fase 2), quando a vítima fica mais fragilizada, às vezes se sentindo responsável pelo comportamento dele; e, em seguida, vem a “lua de mel” (fase 3), em que ele se arrepende, fica carinhoso e atencioso, pode implorar para ela não o deixar e fazer promessas.
:: É preciso entender porque algumas permanecem em uma relação assim. Não é culpa delas, o comportamento é fruto de um desamparo aprendido: viveram em famílias violentas e repetem um padrão, têm baixa autoestima, sentimentos de inferioridade, insegurança; atribuem as agressões a fatores externos como uso de álcool e dificuldades financeiras; valorizam e não querem perder o papel de “provedor” ou “bom pai”; dependem financeiramente dele; recebem ameaças do agressor, caso contem para alguém; temem não poder manter o sustento dos filhos após a separação; muitas vezes não têm uma rede de apoio eficaz (família de origem, moradia, segurança).
:: Como agir em uma situação de violência em casa? Tenha consigo os telefones de emergência; guarde cópia dos documentos, algum dinheiro, roupas e objetos pessoais em um local seguro para casos de emergência; saia para evitar que o agressor use armas; leve os filhos, evitando que sejam usados para chantageá-la; converse sobre a situação de violência com pessoas da sua confiança e que possam oferecer alguma proteção; peça ajuda nos órgãos especializados, Brigada Militar e registre um boletim de ocorrência; em casos de violência sexual, procure o Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pravivis), no Hospital Geral de Caxias do Sul.
:: Vale lembrar que em situações de violência e ameaça à vida, “mete-se, sim, a colher”. A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180, recebe denúncias confidenciais, preservando o anonimato, e funciona 24h por dia, inclusive finais de semana e feriados.
A violência não se rompe sozinha. É necessário compreender
que existe uma cultura machista como pano de fundo e investir em ações de fortalecimento das mulheres. Escutar, respeitar o tempo e o processo de cada mulher, e mostrar que não está sozinha, já é uma ajuda e tanto.
Fontes: Cartilha das Mulheres da Prefeitura de Caxias do Sul e Mulher, Vire a Página, do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Solidão x Solitude
Como seres gregários e sociais por natureza, pode ser um enorme desafio humano a imposição do isolamento social. Quem mora sozinha e tinha nas trocas sociais do ambiente de trabalho e no lazer do fim de semana os momentos de interação pode se sentir bastante afetada pelo cancelamento dos eventos e a falta de perspectiva do retorno das atividades sociais. De outro lado, há quem já aprendeu a vivenciar o prazer da própria companhia.
A dificuldade de ficar sozinha que algumas pessoas experimentam pode ter a ver com um desconforto em olhar para o próprio mundo interno, de encarar sentimentos e pensamentos. Aí pode surgir a solidão, sentida como aquele vazio e a sensação de que falta algo. Certo grau de dependência emocional é natural e saudável, como seres de conexão que somos, mas quando não se suporta o ficar ou estar sozinha, ou em silêncio, sem subterfúgios como o celular, a TV, o rádio, ou alguém falando do seu lado, aí tem-se um problema.
O historiador Leandro Karnal, no livro O Dilema do porco-espinho (Planeta, 2018), trata sobre a capacidade de estar consigo, destacando o termo solitude, em oposição à solidão. Na solitude, o estar sozinho não implica em um estado de sofrimento, mas em uma oportunidade de reflexão e autoconhecimento. “Cabe a nós transformar solidão em solitude”, ensina. A solitude está relacionada a um exercício inteligente e sábio de introspecção, de olhar para dentro. “Uma tarefa para a vida inteira”, pontua. Seguem algumas ideias para passar um tempo prazeroso consigo mesma:
:: De todos os antídotos contra a dor de se sentir sozinha, a leitura de um bom livro é de um potencial criativo e transformador incrível. Se não gosta de ler, talvez apenas ainda não tenha encontrado uma leitura que a interesse no momento. Siga buscando. Assistir filmes e seriados também abre um mundo inteiro de possibilidades de diversão, reflexão, humor.
:: A música é poderosa para influenciar estados de espírito. Remete a memórias, embala momentos. O ritmo coloca em movimento não apenas o corpo, mas a mente. Ouvir uma música que a agrada e se deixar envolver pela melodia, pela letra, cantarolar junto, faz muito bem.
:: Existem inúmeras atividades que podem ser feitas sozinhas, inclusive durante a quarentena: ler uma revista ou jornal, relaxar no sofá, observar o céu de nuvens ou as estrelas, relembrar viagens, rever fotos antigas, planejar um dia de atividades, fazer uma trilha, alongar-se, praticar pintura, desenhar, aprender a tocar instrumentos musicais, comprar pela internet, assistir uma live, fazer visitas virtuais a museus, tricotar ou outra atividade manual, fazer pequenos consertos em casa, dirigir... a lista é quase infinita.
:: Yoga, meditação, exercícios de respiração e práticas de mindfulness (atenção plena) ajudam a se conectar consigo mesma, com as sensações do corpo,
ampliar a autoconsciência e a consciência corporal, além de
aliviar a ansiedade e gerenciar o estresse.
:: Que tal usar os cinco sentidos para se conectar consigo mesma e com o ambiente ao redor? Com a visão é possível apreciar a natureza, sejam as transformações do seu vasinho de flor em casa, no jardim, ou o movimento das árvores; com a audição,
ouvir uma música revigorante ou relaxante ou então os sons da cidade; com o olfato, sentir o aroma do pó de café no pote; com o paladar, deleitar-se com seu doce predileto ou com um alimento que você gosta e faz tempo que não compra/faz; com o tato, mergulhar os pés na água em uma temperatura agradável ou espalhar uma loção gostosa pelo corpo. Experimente!
:: Contradizendo o poeta, “é possível, sim, ser feliz sozinho”. Talvez não o tempo todo, mas não é impossível atingir um estágio de contentamento “apenas” na sua própria companhia. Talvez aí esteja um segredinho, não se dizer/perceber sozinha, mas estar consigo mesma. Você é sua companhia. Estar sozinha lendo um livro, tomando um chá ou degustando uma taça de vinho, permitindo-se viajar no enredo, sorrir ou chorar de emoção, e chegar ao final da experiência diferente pode ser uma experiência única que só você pode se permitir viver.
:: A solidão pode ser acompanhada, porque o sentimento não tem relação com o número de pessoas e sim com a percepção de conexão entre elas. “Estar sem ninguém não significa solidão e estar acompanhado não significa companhia”, ensina Karnal. Por isso, atente para a qualidade das suas relações e o seu papel de se aproximar e permitir que o outro chegue mais perto.
:: Se está se sentindo solitária, desconectada das pessoas, invista em ações concretas. Reate laços, ligue para aquele amigo distante, mande uma mensagem, aprofunde relações mesmo que seja por chamada de vídeo, nesse momento. É possível. Crie hábitos de conexão consigo e com o mundo.
:: Para quem está deprimida, pode ser difícil dar o primeiro passo, por isso é preciso estar atenta para diferenciar tristeza, solidão e uma depressão que não melhora sozinha. Hora de buscar ajuda profissional de um psicólogo e/ou médico psiquiatra, muitos estão atendendo online nesse período.