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É melhor opinar ou manter-se em silêncio? | Revista Afrodite

É melhor expor sua opinião ou manter-se em silêncio?

O que é melhor nesse momento de pandemia: expor sua opinião com o intuito de alertar sobre questões importantes, ou manter-se em silêncio para evitar atritos? 


Dulce Rossetto Manica
Empresária

PARA MIM, SEMPRE expor minha opinião e argumentar. Mesmo correndo o risco de encontrar barreiras e antipatia. É do confronto de ideias que chegamos a uma conclusão racional. Claro, tudo dentro de uma argumentação madura, ponderando os exageros emocionais. Mas precisamos questionar, rever conceitos e abrir a visão. A pandemia está trazendo isso à tona. Iniciamos uma quarentena com informações repassadas por instituições e especialistas renomados. Uma forma de conduta e estratégias que pareciam ser as ideais. Hoje, porém, percebemos que várias instituições e especialistas tiveram que voltar atrás, admitindo seus erros. Por quê? Pelo simples fato das opiniões contrárias que confrontaram as preestabelecidas. E com certeza a opinião que vem depois precisará de muito mais embasamento que a primeira, pois derrubar um argumento já absorvido por uma grande parte da população, necessitará de mais teor e conteúdo. Acredito que essa seja mais uma lição que absorvemos. Aprendemos a questionar mais, a rever conceitos e opinar. E vejo, acima de tudo, pessoas simples com argumentações extremamente contundentes. Essa é a beleza de viver em sociedade.

 


Eulália Isabel Coelho
Jornalista e escritora

O MOMENTO PEDE CALMA. Tento ponderar, mas quando fica complicado demais, me calo para não perder a paciência. Evito ao máximo os estressores porque minam as minhas forças. O isolamento permite avaliar mais claramente situações e também o caráter das pessoas. Nas redes sociais, interajo com amigos para colaborar com a conscientização sobre a gravidade da pandemia. É preciso valorizar quem é sério, pois há muita informação falseada por todo canto. 
Na minha timeline, quando toco no assunto, deixo mensagens nas entrelinhas. Quem lê com atenção percebe. Uma ou outra vez, escrevo algo mais contundente. Tento ao máximo evitar atritos como forma de me preservar diante da agressividade de algumas pessoas. Querendo ou não, o momento também está vinculado a questões políticas, o que acirra os ânimos de alguns. Com esses, pouco adianta argumentar, pois negam a gravidade da situação. A gente cansa e não chega a lugar nenhum. Até excluí algumas pessoas das minhas redes sociais para evitar conflitos.



Maria Gorete Gedoz
Professora universitária

QUANDO falamos de pandemia, significa dizer que houve a disseminação de uma doença para uma área relativamente grande. A palavra doença por si só já é negativa, significa a alteração biológica do estado de saúde. Quando isso ocorre, altera nosso estado de espírito, nosso humor, interfere no dia a dia, nas relações, no trabalho, enfim, uma interferência indesejável. Naturalmente, muitos de nós querem achar uma solução rápida para o problema. No caso específico da pandemia da Covid-19, tem me chamado atenção o comportamento das pessoas. O tema virou discussão política, os contrários e a favor, os que recebem auxílio emergencial e os que não recebem, discursos vazios, sem consistência, todos têm uma resposta pronta, a solução para o problema. De todo esse imbróglio, esquecemos do essencial, refletir o porque estamos passando por isso, qual lição podemos tirar, avaliando sob o aspecto das pessoas e da economia. É o momento de repensar as estratégias do negócio, a linha de atuação, o posicionamento de mercado e, sobretudo, o compartilhamento de ideias, o trabalho em equipe. Grupos heterogêneos são mais criativos e inovadores e, para isso, temos a oportunidade de aprender com a cultura japonesa.