ANGELA GUIDINI Bancária aposentada O MUNDO NÃO PRECISA de mudanças, nós é que precisamos mudar. O mundo segue seu rumo, seu destino. Nossa percepção quanto ao que nos cerca é que precisa ser revista e ampliada, igual às edições de livros. Todos os dias somos bombardeados por um sem número de informações que aceitamos sem discutir e, por causa disso, acabamos nos sentindo impotentes diante do que outros dizem e fazem sobre e pelo mundo exterior. Só que esquecemos que somos um mundo nós mesmos e que esse nosso mundo precisa ser revisto a todo momento. Parar por uma hora, todos os dias, relaxar e observar a vida de uma forma positiva e vibrante, estudar a nós mesmos. Procurar perceber se determinadas atitudes nossas que são recorrentes ou que fazemos porque “sempre foi assim” estão certas ou erradas. A partir do momento em que modificarmos nossas atitudes, mudamos quem está próximo de nós e essa multiplicação é que vai mudar o mundo. Temos que ser egoístas porque, a partir do momento que todos quisermos o melhor para si, o mundo será perfeito.
	ADRIANA BECKER NARVAES Empresária ESTAMOS VIVENDO uma época difícil. O mundo demanda muitas mudanças, que vão desde questões sociais, políticas e econômicas até as comportamentais. Mas acredito que há uma questão essencial, sobre a qual precisamos urgentemente avançar. Trata-se de exercitarmos nossa capacidade de tolerância. A falta dela tem levado o ser humano a comportamentos equivocados, como racismo, homofobia, machismo, violência.  Mas longe de sugerir que tolerância seria o simples fato de suportarmos aquilo com que não concordamos, muito pelo contrário. É começarmos a questionar nossos valores arraigados, nossos pré-conceitos, nossos julgamentos, e nos abrirmos ao novo. Precisamos nos transformar para levar adiante as mudanças e evoluirmos como pessoas e como sociedade. Só então teremos capacidade para olhar o novo sem susto, sem os medos que as mudanças geralmente provocam. Só toleramos o que entendemos.
	BEVERLI ROCHA Comunicadora O mundo precisa de paz, de amor, programas de erradicação da fome, da pobreza, combate às desigualdades sociais profundas.Poderia elencar inúmeras mudanças que se fazem urgentes, mas a maioria delas depende de processos coletivos e levarão tempo ainda. Vou simplificar esse assunto complexo e trazer o tema para o plano individual ou de pequenos grupos que podemos chamar de comunidade. Na nossa aldeia, é possível plasmar esse mundo que sonhamos em pequenas atitudes que marcam presença e nos fazem agentes da transformação que desejamos. Para isso é preciso três elementos básicos: consciência, serenidade e gentileza. A consciência é, em primeiro lugar, um forte antídoto para a intolerância cega que corta mais que faca afiada. Tomar consciência sobre si mesmo e do mundo que nos cerca. Serenidade é aprender a acalmar a mente e o coração cheios de desejos de consumo que nunca são suficientes para nos deixar felizes. E  a gentileza, consigo e com os outros. Podemos procurar desenvolver essas potencialidades e virtudes humanas ou sucumbir. A questão é que ao escolher trilhar esse caminho, adotamos uma jornada sem volta.