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Afrodite 10 anos - Gastronomia | Leia na Revista Afrodite

Afrodite 10 anos - Gastronomia


Fabio Grison

Chegamos à nossa primeira década com muito a comemorar.Tudo bem, não será com o grande evento programado, mas nem por isso será menos especial. Para eternizar essa data tão marcante e significativa, convidamos algumas das inúmeras mulheres que já fazem parte da nossa história para criarem a sua “arte” inspiradas pela Afrodite. O resultado, que emociona, você confere a seguir.


Depositphotos


"Relacionadas a mitos e lendas da antiguidade, as conchas há muito despertam a atenção e o fascínio das pessoas. Conta a mitologia grega que Afrodite (Vênus), a mais bela entre as deusas do Olimpo, surgiu do mar amparada numa grande concha de madrepérola, provavelmente da família Pectinidae. E foi inspirada nessa concha que trago a receita de coquilles de siri, uma versão mais sofisticada da casquinha de siri e que, mesmo assim, agrada adultos e crianças, pois conserva o sabor suave da carne. Serve como entrada ou pode ser servido como opção quente em coquetéis, neste caso, substituindo as conchas por panelinhas de massa."

 

Spondylus princeps

No Império Azteca, conchas pintadas e transformadas em adornos eram oferecidas aos deuses.
Na Nova Guiné, Japão e outras ilhas, o som da concha Strombus servia para espantar os espíritos malignos, além de servir para o ritual de iniciação nos ritos sagrados.
Contam que um dos motivos causadores da invasão de Júlio César à Grã-Bretanha, no ano de 55 a.C., foi a obtenção de pérolas. Estas são produzidas pelas ostras, quando partículas indesejáveis entram dentro delas. Não podendo expulsá-las, as ostras as recobrem com nácar, transformando-as em pérolas.

A cor púrpura, a mais famosa de todas as tinturas produzidas pelos povos antigos, era obtida através dos moluscos da família dos Murex. A tinta era conhecida pelos povos neolíticos da ilha de Creta. A primeira constatação nos foi dada por Aristóteles. Entre os anos 300 a.C. a 150 a.C., o conhecimento do tingimento de tecidos era do povo fenício. Na célebre batalha naval de Actium (Cleópatra e Marco Antonio) as velas dos navios foram tingidas com púrpura. Os senadores romanos usavam togas tingidas de púrpura. Também os índios da América Central tingiam suas roupas com a púrpura.

Na Idade Média, no século IX, foi encontrado na cidade de Compostella (Espanha) o corpo de São Tiago, conhecido como o santo protetor contra as invasões mouras. Compostella era visitada por muitos peregrinos e este hábito dos romeiros era simbolizado por um bastão encimado por uma concha, Pecten jacobeus, conhecida como vieira ou concha de Santiago. A concha tornou-se o emblema da cidade e ainda hoje os peregrinos quando voltam para suas casas levam consigo pectens fixadas em roupas e chapéus. Atualmente esta concha é símbolo de uma grande marca de produtos petrolíferos, a Shell.

Coquilles de siri

Ingredientes
500g de carne de siri
50g de cebola bem picada
1 gema de ovo
1 col sopa parmesão ralado
100g de manteiga
50g de farinha de trigo
suco de 1 limão
400g de creme de leite
cebolinha  e salsa picada
sal 10 conchas

Modo de preparo
Lavar e limpar a carne de siri. reservar. Misturar a gema e o parmesão ralado. Reservar. Rrefogar a cebola na manteiga. Acrescentar a farinha de trigo mechendo sempre e cuidando para não queimar. Juntar o siri, misturar, e cozinhar por 10 minutos, mexendo sempre. Acrescentar os temperos, a gema com o parmes/ao e o creme de leite. sempre misturando bem. Tirar do fogo, corrigir o sabor com sal e rechear as conchas. cobrir com farinha de rosca e decorar com um champignon inteiro pequeno (obs.: simboliza a péola). Levar ao forno pre aquecido a 180g até dourar a farinha de rosca.

Jaqueline Zattera
Chef