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Igrejas Centenárias será lançado em dezembro | Revista Afrodite

Igrejas Centenárias em dezembro

Capela São Valentin, em Forqueta |Fotos Bernardo Tolardo
Capela São Valentin, em Forqueta |Fotos Bernardo Tolardo

Testemunhas e, muitas vezes, protagonistas da história, elas destacam uma arquitetura impressionante, traduzem a identidade cultural de uma localidade e revelam a fé de um povo. Produzido pela Conceitoh Filmes e com estreia prevista para dezembro, o documentário Igrejas Centenárias reúne 80 igrejas, paróquias e capelas, principalmente do interior de Caxias do Sul, para revelar a importância desses templos católicos na formação do senso de comunidade na região da Serra gaúcha.­­

Terminada a fase de captação das imagens e dos depoimentos, a equipe se concentra na etapa de edição do material. Foram três meses de visitas, mais de cinco mil quilômetros percorridos e 38 entrevistas, inclusive com os bispos Dom José Gislon e Dom Alessandro Carmelo Ruffinoni, de Caxias do Sul, para resgatar a herança trazida pelos imigrantes italianos. O resultado é um trabalho que traz insights sobre o desenvolvimento da religião e da sociedade ao longo dos anos. “Estudando essas igrejas podemos ajudar a compreender a evolução da arte sacra, a influência das diferentes correntes teológicas e até mesmo a história política e social de determinada região”, observam o diretor e cineasta, Luciano Silva, e a produtora, Adri Tolardo.

Sendo assim, o estudo e a dedicação às igrejas centenárias foram motivados pela sua importância histórica, arquitetônica, cultural e religiosa. Essas estruturas oferecem uma visão única do passado e continuam a desempenhar um papel relevante na sociedade contemporânea como locais de culto, turismo e preservação do patrimônio.

Capela Nossa Senhora de Lourdes, Tunas Altas

ARTE E CULTURA

Além de representar um patrimônio histórico, muitas delas possuem acervos de arte, verdadeiros tesouros em forma de pinturas, esculturas, vitrais e manuscritos antigos, de valor inestimável e que merece ser protegido como parte do legado histórico da humanidade. Idealizadores do trabalho, Luciano e Adri enfatizam que o estudo e a dedicação às igrejas centenárias foram motivados pela sua importância histórica, arquitetônica, cultural e religiosa.

 “Essas estruturas oferecem uma visão única do passado e continuam a desempenhar um papel relevante na sociedade contemporânea como locais de culto, onde as pessoas se reúnem para expressar sua fé, turismo e preservação do patrimônio.” Uma visita a esses templos proporciona uma visão fascinante da estética da arquitetura, da arte sacra e da história religiosa da região.

Capela Santo Antônio da 6° Légua

CONEXÃO COM A COMUNIDADE

Além do valor como patrimônio histórico, as igrejas centenárias têm um significado pessoal e espiritual para muitas pessoas. Fiéis e membros da comunidade as reconhecem como lugares sagrados e nelas encontram conforto espiritual, conectam-se com sua fé e experimentam momentos de introspecção e comunhão.

As igrejas centenárias geralmente têm uma atmosfera única e uma estética que pode evocar uma sensação de reverência e transcendência. Cada uma delas apresenta sua própria história e carrega a influência da cultura e da religiosidade das pessoas que a frequentaram ao longo dos séculos. E tão importante quanto é que elas continuam a desempenhar papel ativo nas comunidades locais. Em muitas ainda são ainda são realizados serviços religiosos regulares, envolvendo os moradores da região e mantendo viva a tradição. Também sediam festivais, eventos culturais e atividades comunitárias, proporcionando um espaço de convívio e celebração.

Capela São Luiz da 9° Légua

ALGUMAS CURIOSIDADES

  • Quatro dos 80 templos visitados estavam em reforma.
  • Na divisa de Flores da Cunha e Caxias do Sul, o altar da igreja fica em território florense, enquanto os bancos para os fiéis estão no lado caxiense.
  •  No distrito caxiense de Santa Lúcia do Piaí, a igreja também funcionava como escola e, até hoje, conserva de um lado os bancos para os fiéis e no outros as carteiras escolares, da década de 1940 e 1950.
  • Ao fundo de uma das igrejas, há um cemitério, onde as pessoas brancas eram enterradas na parte cercada e as negras na área externa do muro.

Diretor Luciano Silva e Produtora Adri Tolardo

FICHA TÉCNICA
Cineasta, diretor e roteirista:
Luciano Silva
Produtora e atriz: Adri Tolardo
Diretor de arte e fotografia: Bernardo Tolardo
Cinegrafistas: Leonardo Vidor e Robson Ramos

Aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) Estadual, o documentário conta com patrocínio de Intermach, Sanmartin e Belcabos