Uma das grandes despesas das famílias, os materiais escolares sofreram aumentos gerais nos preços, como indicado em pesquisas nacionais recentes. Entretanto, no cenário local, a atual pesquisa do Procon Caxias do Sul, feita nos dias 14 e 15 de janeiro em oito livrarias da cidade, revelou uma variação muito alta entre os valores nos diversos produtos. Em comparação com 2018, enquanto alguns sofreram aumento, a grande maioria baixou ou permaneceu nos mesmos patamares. Foram analisados quatro estabelecimentos na área central e quatro nos bairros.
Diversos produtos tiveram amplitude de diferença. Um apontador, por exemplo, pôde ser encontrado a R$ 0,20 ou ainda a R$ 7,40, numa mesma livraria. Em 2018, o item teve preço máximo de R$ 23,50, contra R$ 10,86 neste ano. Um caderno de capa dura de 100 folhas, bastante utilizado pelos estudantes, teve o preço mínimo averiguado em R$ 5,10 e o máximo de R$ 34,90 em 2019. Em 2018, esse comparativo foi de R$ 4,85 e R$ 39,00. De 17 itens avaliados entre o ano passado e o atual, nove tiveram redução de preços, quatro se mantiveram iguais e três tiveram aumento.{{relacionados
Conforme o coordenador do Procon Caxias do Sul, Luiz Fernando Del Rio Horn, a orientação é a de fazer muita pesquisa. “A variação de preços entre livrarias ou até mesmo dentro da própria livraria é imensa. Devemos lembrar sempre da importância da qualidade dos produtos selecionados, porque isso influencia no tempo de vida útil. Fora isso, é imprescindível fazer a conferência da lista de materiais, pois itens de uso coletivo são inexigíveis dos pais. Na dúvida, o consumidor pode ligar para o 151 ou até mesmo denunciar o estabelecimento escolar”, destaca.
Nova abordagem
O Procon Caxias do Sul está adotando uma nova estratégia de educação financeira para 2019 relativo às contas extras anuais. O órgão, no final de novembro, pretende dar início a uma série de orientações aos consumidores para importantes práticas de planejamento nas contas, o que inclui os itens dos materiais escolares. “Os consumidores, já na primeira parcela do décimo terceiro salário, precisam considerar as entradas a mais como recursos extras para as contas únicas anuais e socorrer-se de ferramentas de cooperação. É o caso dos grupos de trocas de materiais escolares usados, os quais precisam ser estimulados por trazerem grande benefício ao bolso do consumidor”, explica Horn.
O objetivo a partir dessa nova abordagem em nova data é uma mudança da cultura de consumo, para maior aproveitamento do dinheiro e dos bens já existentes e ainda utilizáveis. Para o coordenador, essas são boas práticas que agradam crianças, pais e, ainda, o meio ambiente.
