Fonte: Jeferson Deboni
O mercado mundial de joias, semi-joias e bijouterias tem crescido a cada ano. As estimativas são de que as vendas anuais terão um crescimento de até 6% nos próximos anos. O relatório da McKinsey Global Institute estima que as vendas anuais do setor chegarão a US$250 bilhões/ano até 2020, o que revela um mercado cada vez mais aquecido.
No Brasil, atualmente, são cerca de três mil empresas de semi-joias e bijouterias em atividade no país que, juntas, faturam em torno de R$ 600 milhões. Grande parte do sucesso do setor no Brasil é creditada a criatividade de designers e fabricantes na mistura de materiais diversos, muitos dos quais são ecologicamente sustentáveis.
O uso de produtos abundantes na região foi o que levou a designer caxiense Fabiane Montemezzo a criar uma coleção inspirada nos plátanos, árvore típica do outono inverno gaúcho. As peças utilizam madeira em sua composição, o que dão um toque orgânico e sustentável, já que esse material é reaproveitado com madeira de reflorestamento.
“Nossa missão é investir emprodutos de qualidade, que irão durar por muitos anos, podendo ser repassados e reutilizados. A ideia para não prejudicar o meio ambiente é reinventar o modo de produzir e consumir as joias, trazendo histórias e conexões com o conceito que a marca cria”, explica a designer Fabiane Montemezzo. Apesar da recessão econômica que o país tem enfrentado nos últimos anos, o mercado de joias e semi-joias foi um dos poucos setores que continuou a crescer, sendo responsável por movimentar milhões ao ano. E apostando neste cenário, Fabiane prospecta um crescimento de 50% até 2018. A marca, que atua hoje com um ateliê em Caxias do Sul, planeja num período de seis meses a abertura de loja física com franquias no estado. O otimismo para esse avanço é baseado nos bons frutos que o primeiro semestre de 2017 rendeu para a grife, que faturou cerca de 120 mil reais em vendas.
