Depois de participar da assinatura de um termo de cooperação entre o Comando do Exército e a Fundação Universidade de Caxias do Sul, o comandante Militar do Sul, general Edson Leal Pujol, palestrou na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) desta segunda-feira (10).
Aos empresários, falou da necessidade de o País aumentar sua capacidade de desenvolvimento e nacionalização de materiais de emprego militar. “Para isso, precisamos da participação da indústria e do meio acadêmico e tecnológico da nossa Nação. Quanto mais produzirmos material de defesa, maior nossa capacidade de defender a soberania e a integridade territorial brasileira”, afirmou o comandante.
O general Leal Pujol discorreu sobre a forma como o Comando Militar do Sul está estruturado e organizado e sobre osprojetos estratégicos do Exército que estão sendo realizados com a participação da sociedade brasileira. Segundo ele, são 64 organizações militares no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que têm demandas de fornecimento e que compram de empresas desses três estados.
“Temos vontade de avançar cada vez mais em termos de tecnologia, de aquisição de materiais para nossas Forçar Armadas e em especial para o Exército. As empresas caxienses Agrale e Randon estão entre as parcerias que o Comando Militar do Sul mantém com a indústria brasileira.
O acordo de cooperação entre o Comando Militar do Sul e a Fundação Universidade de Caxias do Sul prevê o desenvolvimento de projetos de capacitação, treinamento, pesquisa e inovação nas diversas áreas do conhecimento humano. A parceria incluiidentificação das áreas de interesse, definição das prioridades e da viabilidade técnica e econômica para cada projeto, elaboração de documentos e planos específicos para cada atividade planejada e elaboração dos planos de trabalho. O general Edson Leal Pujol não se furtou em falar sobre a crise política, afirmando que é mais um problema de natureza ética e moral da sociedade brasileira. Segundo o militar, os representantes políticos saem do meio da população brasileira e são escolhidos por nós.
“Se temos de corrigir alguma coisa, comecemos por nós, eleitores e cidadãos brasileiros. Temos uma parcela grande de responsabilidade nas coisas erradas que estão acontecendo em nosso País”, sustentou. De acordo com o general, “não temos e não vemos nenhuma saída melhor para nosso País do que a saída prevista na nossa Constituição”, e afirmou que “as Forças Armadas não estão vulneráveis a ideologias contrárias à nossa vocação democrática”.