Foto: Julio Soares/Objetiva
“Existem poucos debates, poucos questionamentos, poucas sugestões, pouca colaboração”, frisou, ao afirmar que o trânsito, responsável por um grande número de mortes e invalidez permanente, é uma questão de segurança pública. O palestrante falou sobre as atribuições do Denatran, sobre a estrutura funcional do órgão e sobre as atividades de planejamento, administração, normatização, registro e licenciamento de veículos, além da formação, habilitação e reciclagem de condutores e julgamento de infrações e aplicação de penalidades. Um dado revelado por Vicenzi chamou a atenção dos participantes da reunião-almoço: são gerados em torno de R$ 10 bilhões/ano com a aplicação de multas no trânsito brasileiro. Estes recursos, que por lei deveriam ser direcionados à educação e outros programas, acabam no caixa único do tesouro federal. As maiores causas tanto de multas como de acidentes são o uso do celular ao volante, excesso de velocidade e consumo de álcool.
Para o diretor do Denatran, a multa procura evitar um comportamento de risco. No entanto, explicou, a incidência desse comportamento passa pelo processo de formação do condutor, que não foi eficiente, e pela própria formação do cidadão. De acordo com Vicenzi, o Denatran está procurando corrigir esses erros com duas medidas: com o próprio reestudo da formação dos condutores e com a entrega ao Ministério da Educação de material educativo que forme cidadãos melhor orientados sobre o respeito às leis e ao próximo.
