Durante a apresentação dos trajes oficiais do trio, Comissão Comunitária da Festa também anunciou o patrocínio máster do Bradesco ao evento em 2022
A Comissão Comunitária da Festa da Uva 2022, evento que acontece de 18 de fevereiro a 6 de março, apresentou na quinta-feira, 2 de dezembro, os trajes oficiais da rainha Pricila Zanol e das princesas Bianca Fabro Ott e Bruna Mallmann. Convidados e autoridades municipais acompanharam a apresentação no Salão Verde do Recreio da Juventude, clube onde ocorreu a primeira festa em 1932.
Na abertura da solenidade, o presidente da Comissão, Fernando Bertotto, emocionado, agradeceu a todos que estão ajudando a organizar a próxima Festa. “A família é a essência de tudo, é o espírito da festa. Agradeço aos familiares de todos os integrantes das comissões e das soberanas pela paciência com que está se doando pela festa. Sou um presidente supermotivado e preocupado, porque é uma festa da R$ 15 milhões. A minha motivação continua sempre, mas minha preocupação vai diminuindo na medida que conseguimos esse recurso. Esta semana tivemos a aprovação do repasse de recursos da Prefeitura e o Bradesco confirmou que será um dos patrocinadores máster para o ano que vem. Então já temos metade do orçamento, o que significa que estamos conseguindo viabilizar a festa que Caxias merece”, discursou.
TRAJES
A pesquisa para a releitura dos trajes ficou a cargo do pesquisador e jornalista Charles Tonet. Ele se baseou na história da festa em seus 90 anos, desde as feiras agroindustriais de 1881, mesclando componentes que projetam o futuro. Foram três os elementos construtivos da pesquisa: as feiras agroindustriais e acontecimentos que formaram a identidade econômica pré-Festa da Uva; as forças atuantes na comunidade em 1931; e o modelo atual da festa (rainha, festa, desfile) consolidada em 1932.
Fundindo estes pontos, chegou-se aos três trajes. O da rainha Pricila homenageia a vestimenta oficial da rainha Adélia Eberle e a sede da realização da Festa em 1931, o Recreio da Juventude. O vestido da princesa Bianca remete a formação do modelo “festa” e o da princesa Bruna presta júbilo aos locais onde foram realizadas as feiras agroindustriais. Com a pesquisa em mãos, a estilista Vivian Boff, de Ana Rech, desenhou e confeccionou os vestidos de passeio e de gala das soberanas. Vivian contou com a colaboração de artesãs, bordadeiras e de uma metalúrgica para a execução das fivelas.
AS VENTIMENTAS
Bianca: o traje de gala reverencia as primeiras exposições de uvas e também o primeiro corso alegórico. A cor carmine é um rosa intenso que nos remete às variedades de uvas rosadas como rubi e niágara rosada, mas também faz referência à primeira exposição de uvas que divulgava novas variedades viníferas e castas europeias como moscatel italiano rosado. Com corte tradicional, a saia ampla pregueada traz ramos de parreiras bordados homenageando os carros alegóricos da Estação Experimental, Cooperativa Forqueta e Cooperativa Vitivinícola Aliança. Delicados cachos de uvas em pérolas se entrelaçam a ramos de cristais e folhas bordadas manualmente em linha, relembrando os enxovais que eram feitos artesanalmente, assim também como o barrado inspirado em toalhas das nonas. As mangas esvoaçantes em musseline homenageiam as soberanas que fizeram história na Festa da Uva. Em sua fivela, uma homenagem ao idealizador da Festa da Uva, Joaquim Pedro Lisboa. Seu pioneirismo o levou a criar a primeira feira especializada do Brasil e a estruturar os elementos que serviriam de modelo para todas as festas regionais.
Bruna: seu traje presta júbilo a todas as feiras que precederam a Festa da Uva, bem como seus elementos articuladores. A cor floratta é um azul intenso que nos remete às uvas tintas como cabernet, seibel e merlot. O mesmo azul que surgia no vinho jorrado pelo chafariz da praça nos dias de festa e que era rodeado por tendeiras celebrando a colheita. A gola em musseline homenageia as mulheres imigrantes que costumavam colocar lenços sobre os ombros especialmente em dias festivos. A sobressaia remete aos aventais e apresenta rico bordado celebrando as feiras predecessoras. Ramos de uva e trigos fazem alusão a alguns dos produtos expostos nas feiras e, os ramos de café, ao império brasileiro e às sedes das feiras agroindustriais. Também tem mangas esvoaçantes e macramê em sua saia, assim como a princesa Bianca. Em sua fivela uma homenagem a um dos principais colaboradores no desenvolvimento do setor vitivinícola gaúcho Celeste Gobbato. Além de diretor da Estação Experimental de Viticultura e Enologia, agregou-se ao projeto de Joaquim Pedro Lisboa e colaborou com a exposição de castas nobres, sendo também um dos fundadores da Festa da Uva. Em homenagem à sua mãe, Maria de Lurdes, o trio de soberanas usará um xale em crochê feito artesanalmente, relembrando o amor pelo feito à mão.
Pricila: a rainha homenageia a sede da primeira exposição de uvas, em 1931, no Recreio da Juventude, e também o traje da primeira rainha de nossa festa: Adélia Eberle. a cor escolhida para o traje é o verde esmeralda remetendo à sede juventudista, compondo com a cor natural e off white para os detalhes de golas, mangas e barra. A gola e a barra são tramadas em filé, artesanato raro, tecido por habilidosas mãos em linha mercê crochê e rebordadas na mesma linha, formando ramos de parreiras e cachos de uva. A sobressaia remete aos aventais usados por nossas nonas e é adornada por delicados bordados em linha, castanhas e cristais. As rosas homenageiam o traje da rainha Adélia. Os arabescos remetem aos elementos decorativos da sede do recreio da Juventude e a uva, origem da primeira exposição e símbolo de nossa festa maior. A fivela metalizada a ouro e adornada por ramos de rosas e cachos de uva traz a imagem da primeira rainha da festa da uva, eleita por voto popular e coroada para representar a festa de 1933.
Fonte Assessoria de Imprensa da Festa da Uva 2022