É sabido e notório o destaque da mulher nos diferentes segmentos nos últimos anos. Contudo, percebe-se ainda uma lacuna a ser ocupada em alguns campos. Na política, por exemplo. Fica claro que elas ainda têm muita luta pela frente. A verdade é que poucas se arriscam nesse universo. No Brasil chegou a ser criada a Lei 9504/97, para que os partidos tivessem pelo menos 30% de mulheres candidatas, e ainda assim as eleitas não chegam a 15% das vagas. Não é de se estranhar esse ranking, visto que há pouco mais de 80 anos elas adquiriram o direito ao voto.
Por outro lado, em outros segmentos as mulheres mostraram o quão competentes são. Nos dias atuais ocupam altos cargos executivos, disputando de igual para igual as vagas antes 100% masculinas. Pesquisas revelam que hoje elas estão em 45% das vagas de trabalho no Brasil, e a renda dessas trabalhadoras ganha cada vez mais importância no sustento familiar. Por outro lado, somente 37% das empresas têm mulheres em cargo de chefia, o que aponta um grande campo a ser conquistado.
Infelizmente ainda se discute muito a questão salarial. É inadmissível elas receberem menos do que os homens exercendo as mesmas funções. Sabemos que isso é proibido por lei, que empresas só podem escolher profissional por experiência, função, área, conhecimentos, qualificação, cursos, etc..., nunca pelo gênero. Portanto, se for homem ou mulher, o salário deveria ser igual, mas na prática isso ainda não se aplica.
No âmbito sexual, o que ocorreu em boa parte do mundo ocidental nas décadas de 1960 e 1970, conhecido como “a revolução sexual”, trouxe um novo posicionamento, principalmente a elas. A adoção da pílula anticoncepcional, a legalização do aborto em alguns países, a nudez em público e outros fatos fizeram com que as mulheres pudessem dizer ao mundo que também sentem prazer.
Mas, passados tantos anos, ainda vemos muitas mulheres que se reprimem ou são reprimidas por seus companheiros nesse quesito, e os tabus ainda persistem. Em pleno século 21 somente 29% delas conseguem atingir o orgasmo com seus parceiros. As sex shops, tão populares por todo o mundo, vêm colaborando para mudar esse índice. Porém, muitas mulheres afirmam comprar os produtos para usarem sozinhas, já que, entre muitos casais, o uso desses objetos é um tabu, visto que os homens ainda têm preconceito com essa forma de prazer.
É desrespeitoso achar que mulher é inferior ao homem e vice-versa. Somos seres humanos que se complementam e somam-se aos desejos e vontades como tais. O profissional deveria ser da mesma forma respeitado. Lamentavelmente, as mulheres ainda têm muito a conquistar. Cabe a nós, homens, apoiá-las para que enfrentem seus desafios em todas as áreas. Elas são admiráveis, com sua doçura natural e determinação invejável já superaram muito a discriminação que se perpetuou por séculos, e merecem todo nosso aplauso.
Ricardo Vieira Pereira é empresário. Fonte Afrodite 49