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Coronavírus, inimigo de todos | Leia na Revista Afrodite

Um inimigo de todos

Estamos diante de uma pandemia que tem assustado o mundo todo. O coronavírus é uma realidade cruel que ceifa vidas e esperanças, mas que pode ser combatido se todos fizermos a nossa parte. “O momento agora é de evitar a disseminação viral para que menos pessoas se infectem e adoeçam ao mesmo tempo, evitando o colapso na assistência hospitalar, que iria dificultar muito o atendimento aos doentes”, observa a médica infectologista, Giorgia Torresini, coordenadora do Controle de Infecção do 
Hospital do Círculo.

A médica explica que o coranavírus é um agente respiratório encontrado nos animais e circula entre humanos desde os anos de 1960. Trata-se de uma zoonose, ou seja, quando uma doença é transmitida às pessoas pelos animais. A especialista observa que o ser humano pode conviver com infecções causadas pelos coronavírus já identificados, pois eles causam apenas resfriados.

 

 

“O problema ocorre quando temos uma nova cepa desse vírus, como agora, que causa infecções respiratórias mais graves e sintomas severos.” A infectologista lembra que já tivemos no passado duas síndromes respiratórias graves por coronavírus: em 2002, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e, em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). 

O Brasil está em pleno curso da pandemia, ainda não sabemos como o vírus irá se comportar no nosso país, pondera Giorgia, que alerta para a necessidade do entendimento da comunidade em seguir as recomendações exigidas pelos órgãos municipais, estaduais e federais, visando o sucesso das estratégias. “Só assim poderemos ter um desfecho melhor do que outros países. Estamos num momento único, de muitas incertezas, aprendizados, tristezas e esperança, mas tenho certeza que sairemos dessa pandemia com muitos aprendizados, ensinamentos e com um compromisso maior com a humanidade.”

A resolução da virose é autolimitada, terminando quando o ciclo do vírus vai embora, não requerendo tratamento. Porém em casos graves, ele ajudaria a encurtar a persistência do vírus dentro do organismo, mas até o momento não há terapias comprovadas. Estudos indicam que os sintomas aparecem em média cinco dias após infecção e a fase contagiosa pode durar duas semanas.

 

Apresentado por Círculo Saúde 
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