Há quem goste daquela famosa dorzinha pós-treino, mas nem sempre aquele incômodo pode ser sinal apenas do crescimento dos músculos. Há algumas exceções que podem e devem ser observadas por quem pratica constantes exercícios físicos. O alerta é do ortopedista Alexandre Paniago, da clínica brasiliense Arthros e membro daSociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Segundo ele, uma das exceções ainda pouco conhecidas entre os praticantes de musculação é a fibromialgia, espécie de síndrome que se caracteriza por dores difusas envolvendo músculos, tendões e ligamentos. “Tendo diversas origens, e, dependendo do local ou forma de aparição, podem ser confundidas. Por isso é sempre importante ficar atento à forma de aparição”, orienta o especialista.
O médico explica que quando o atleta realiza alguma atividade física, principalmente envolvendo musculação, as fibras musculares dilatam e essa expansão facilita o ganho de massa magra. “Esse benefício pode se tornar um tormento quando surge a fibromialgia. Além de atrapalhar o rendimento, o incômodo pode estender-se para outros grupos musculares”.
De acordo com o personal trainer, Wesley Paixão, após o diagnóstico, a melhora do aluno é mais efetiva quando o exercício físico é associado à reabilitação. “A fibromialgia se manifesta tanto em repouso como em movimento, e que, habitualmente piora nos períodos de inatividade”, completa.
Paixão pondera, no entanto, que treinos com a musculatura contraída pode piorar o quadro clínico do aluno. O ortopedista Alexandre Paniago também destaca a importância de um acompanhamento médico com o surgimento desses problemas. “É recomendado que o paciente procure um médico competente para diagnosticar o motivo
Para a fisioterapeuta Sarah Brandão, a prática constante de alongamentos e o acompanhamento especializado podem ser excelentes aliados para a prevenção e até restabelecimento do paciente. “A fisioterapia ainda é a melhor maneira de aliviar esses sintomas. O tratamento é diferente para cada pessoa e é preciso analisar a situação do paciente para criar um programa específico de reabilitação”, orienta.