Psicóloga Cristhine Pérsico projeta também atuação voltada às mulheres mães, puérperas ou que desejam engravidar e faz um apanhado de como foi iniciar a trajetória em meio à pandemia

“A vista privilegiada da cidade é um convite para que meus pacientes vejam a vida de uma outra forma. Com esperança, leveza e a vontade de alçar voos cada vez maiores”. A frase da psicóloga Cristhine Pérsico faz menção ao novo consultório da profissional, recém-inaugurado no Edifício Pharos, no bairro Exposição, em Caxias do Sul. O espaço de 42m², projetado pela arquiteta Mariana Marchioro, foi todo pensado para transmitir harmonia, com elementos naturais que remetem a sutileza.   

Cristhine diz que o novo espaço combina com a forma de enxergar a psicologia, já que ela vê a profissão como um lugar de acolhimento. “Atuar como psicóloga é acolher o ser humano como ele é. Acolher suas subjetividades, suas individualidades e suas dores, sem julgamento. Escolhi a psicologia pois me encanta entender mais sobre as diferentes formas de pensar, se comportar, se relacionar, se comunicar e todas as complexidades que o ser humano traz consigo”, atesta a psicóloga, que é graduada pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e especialista na área de terapia cognitivo-comportamental (TCC) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).        

A profissional antecipa que o consultório também foi planejado para a área em que deverá focar assim que finalizar sua nova especialização em Psicologia Perinatal e Obstétrica, no Instituto Suassuna, que ingressou no mês de maio. Cristhine, que já atua na linha da TCC para adultos, projeta focar no atendimento de mães, sejam gestantes, puérperas ou ainda as mulheres que desejam engravidar.    
 
“Pretendo realizar assistência psicológica no momento do parto. As técnicas da terapia cognitivo-comportamental são essenciais no processo de psicoterapia com as mães. Com elas podemos tratar ansiedade, depressão e outras condições que geram sofrimento nesse período de grandes mudanças”, garante.         

Atualmente, Cristhine atua no tratamento adulto das mais variadas angústias, como compulsão alimentar, dificuldade em relacionamento interpessoal e estresse por conta do trabalho, além da ansiedade e depressão. “A TCC lida com isso de forma mais focada e diretiva, com técnicas específicas que são cientificamente validadas”, completa.

Início em meio à pandemia      

Cristhine iniciou a sua atuação profissional em pleno período da pandemia, em 2020, com todos os desafios ao corpo e à mente que foram inerentes ao período. Ela conta que, segundo a sua experiência e de colegas de profissão, o período teve como aspecto positivo uma preocupação maior em manter a saúde mental em dia, mas que também apresentou um lado negativo devido ao fato de muitas pessoas ficaram desempregadas ou com renda menor e não poderem continuar o tratamento.             

“A pandemia influenciou no nível de ansiedade dos indivíduos, nas brigas conjugais, no estresse das mães com os filhos em casa. Ela aumentou o medo, a insegurança e a incerteza. Sem contar o processo de luto dos pacientes que perderam alguém especial. É possível que muitas pessoas deem mais valor e afeto aos momentos sociais e interações com pessoas importantes. Muitas delas mudaram seus valores e seu conceito sobre a vida depois da pandemia”, constata a psicóloga no dia a dia com os pacientes. 

Dicas para aliviar a ansiedade

Em tempos de excesso de informações, com as telas dos celulares sempre tomando a atenção, a psicóloga Cristhine Pérsico dá algumas dicas para aliviar a ansiedade. Ela cita técnicas de relaxamento, de respiração, além do mindfulness, que foca na atenção plena e no escaneamento corporal, que é uma forma de meditação que abrange todas as partes do corpo.        

“Para lidar bem com as emoções, é importante identificar e nomear o que se está sentindo, para futuramente conseguir administrar essa emoção. E muitas pessoas só aprendem isso na terapia. Ao longo das sessões, é possível ajudar os pacientes a terem respostas mais adaptativas frente a emoções muito fortes, evitando assim comportamentos impulsivos”, recomenda.  

Fonte MCom Comunicação