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Mitos e verdades sobre enxaguatórios bucais | Revista Afrodite

Mitos e verdades sobre enxaguatórios bucais

Foto rawpixel/Unsplash
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Para manter uma higiene bucal completa, ao contrário do que muita gente pensa, não basta apenas escovar os dentes e usar o fio dental. É necessário, sim, combinar esses dois processos com o uso do enxaguatório bucal, hábito que contribui para prevenir problemas como mau hálito, placa bacteriana, tártaro e gengivite. Para elucidar as mais frequentes questões relacionadas a este assunto, a Dra. Fernanda Pimentel, diretora de Engajamento Científico da Johnson & Johnson, fala mais sobre o assunto. Confira abaixo algumas respostas:

1. Qual o papel do enxaguatório bucal na prevenção do tártaro?

O tártaro é a placa bacteriana não tratada que calcificou, e nesta condição, a escovação e fio dental não conseguem removê-lo. Somente o dentista por meio de uma raspagem e limpeza profissional consegue eliminar esse problema. A principal maneira de evitar a formação do tártaro é promovendo uma higienização bucal adequada por meio de um efetivo controle da placa bacteriana antes que sua calcificação ocorra. Vale ressaltar que, isoladamente, a escovação não remove toda placa presente na boca. A rotina completa (com fio dental, escovação e enxaguatório) reduz até 99% das bactérias causadoras de placas bacterianas na cavidade bucal, enquanto que o uso de métodos mecânicos apenas (fio dental e escovação) alcançam somente 25% da área da boca.

2. Enxaguatórios bucais podem substituir a escovação?

Não. Os enxaguatórios bucais devem ser utilizados após a escovação e uso do fio dental, complementando a higiene bucal. O uso de enxaguatório contendo óleos essenciais após os métodos mecânicos (escova e fio) promove redução de 27% na quantidade de placa bacteriana, que não tratada promove a formação do tártaro, e de 18% na gengivite, quando comparado à escovação e o fio dental apenas.

3. O enxaguatório bucal pode ajudar a melhor o mau hálito?

Sim. Enxaguatórios bucais têm ação contra bactérias associadas à halitose, que tem como principal causa a presença de placa bacteriana depositada no dorso da língua. No entanto, o mau hálito pode também ser resultado de outros problemas bucais, como doença periodontal e cárie, além de determinadas condições sistêmicas como problemas no estômago, por exemplo. Além disso, alguns tipos de alimentos como alho e cebola, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, jejum prolongado e desidratação podem contribuir com a esse problema oral. Vale ressaltar a importância de um dentista sempre ser consultado para uma avaliação mais detalhada.

4. Existem outros problemas bucais que podem ser evitados com o uso do produto?

Além da halitose, o uso diário do produto pode auxiliar na prevenção de problemas bucais, como gengivite e tártaro. Pesquisas mostram possíveis associações entre doença periodontal não controlada, que tem como principal causa o acúmulo de placa bacteriana, com algumas doenças sistêmicas. Isso ocorre porque as bactérias presentes na boca podem passar para a circulação sanguínea por meio de pequenos vasos localizados no tecido gengival (processo conhecido por bacteremia). Outra hipótese seria a resposta inflamatória decorrente da doença periodontal não controlada levando a produção de substâncias no corpo que junto com outros fatores de risco, podem estar relacionados com surgimento ou agravamento de doença sistêmica como as cardiovasculares, respiratórias e diabetes.

5. É possível diluir o produto para diminuir a intensidade de sabor?

Não. A diluição do enxaguatório em água reduz a concentração do princípio ativo, e consequentemente, o produto perde sua eficácia. Podemos encontrar no mercado versões com e sem álcool, com sabores intensos ou mais suaves. O dentista sempre deve ser consultado para indicar o produto mais apropriado, considerando as necessidades do paciente frente aos variados princípios ativos, com diferentes indicações, modos de ação e eficácia apresentados.

6. O uso contínuo de enxaguatório bucal contendo óleos essenciais causa manchas nos dentes ou alterações na boca?

Não. Os enxaguatórios bucais contendo óleos essenciais não causam manchas nos dentes. Também não há evidência de que estejam associados com desenvolvimento de lesões bucais, nem alteração da composição da microbiota bucal. Somente alguns produtos específicos contendo Clorexidina, se usados de modo contínuo, podem ocasionar esse problema.