Foto Karine Basílio/Arquivo Glamour
Quem costuma trazer um carregamento de cápsulas de melatonina toda vez que viaja ao exterior já pode comemorar: o hormônio foi recentemente liberado pela Anvisa para ser comercializado no Brasil em forma de medicamento manipulado. Conhecida por ajudar os que sofrem de insôniae por aliviar seus efeitos, a substância é responsável pelo funcionamento do nosso relógio biológico. “Produzida pela glândula pineal e secretada naturalmente no início da noite, a melatonina sincroniza o ritmo do organismo, permitindo que o corpo funcione de forma adequada ao longo do dia e se recupere enquanto dormimos”, explica Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono de São Paulo.
Um de seus inimigos é a incidência de luz azul presente em eletrônicos como celular, televisão e computador. “Esse tipo de estímulo impede que o corpo entenda que a noite chegou”, explica o neurofisiologista José Cipolla Neto. Embora seja encontrada facilmente em lojas de suplementos e farmácias nos Estados Unidos, por aqui a melatonina só pode ser adquirida sob prescrição e acompanhamento médico. “A dosagem incorreta e a automedicação podem resultar em um desequilíbrio hormonal e gerar um estado de constante vigília, diminuindo a disposição que o corpo precisa durante o dia”. Noites bem dormidas garantem não só saúde e energia como trazem benefícios estéticos.
É durante a fase REM, momento mais profundo do sono, que acontece a regeneração da pele graças à ativação energética celular. “A melatonina favorece o repouso restaurador, que é considerado o sono da beleza. Nele, a renovação da pele acontece de forma mais intensa”, explica a nutróloga ortomolecular Liliane Opperman. Se quiser dar um boost na produção do hormônio de forma natural, invista em uma alimentação rica em triptofano, como iogurte e oleaginosas, e complexo B, presente em frutas e legumes. E desligue todos os aparelhos tecnológicos duas horas antes de dormir - esse, sim, um dos maiores desafios dos tempos modernos.