O número de casos no Brasil é alto e a procura por tratamento, mínima; apenas uma em cada vinte pessoas busca ajuda profissional para a insônia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, 40% dos brasileiros relataram ter sofrido ou sofrer com o problema.
Para o especialista em medicina do sono do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Fernando Oto Balieiro, o perigo é maior quando a pessoa se acostuma a dormir menos ou mal.
“Quem dorme menos de seis horas por noite tem quatro vezes mais chance de morrer. Por isso, não se pode abrir mão do sono. Sem contar no malefício à saúde, como a falta de memória”, alerta.
Balieiro explica que existem dois tipos da doença: a insônia de início, quando há dificuldade para pegar no sono, e a de manutenção, que se caracteriza na dificuldade em mantê-lo. Ou seja, a pessoa dorme por algumas horas, acorda de madrugada e não consegue retomar o sono.
O tratamento é amplo, englobando desde medicamentos que promovam o sono até terapia cognitiva comportamental. “É importante também aliar o tratamento da insônia com a causa-base, que pode ser ansiedade, estresse pós-traumático ou doenças crônicas”, recomenda.
Algumas atitudes simples do dia a dia ajudam na melhora do sono, como evitar alimentos pesados à noite. Fernando salienta ainda a importância de dormir em um ambiente escuro, confortável e silencioso.
“Evite atividades como ler, assistir televisão, comer, fumar e escutar música alta no quarto, pois essas ações interferem na qualidade do sono.”