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Hábitos para abandonar e ser feliz | Revista Afrodite

Hábitos para abandonar

Foto: Depositphotos
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O ano mal começou, mas já é tempo de saber como estão as promessas feitas ou renovadas para 2018. Os planos estão saindo do campo dos sonhos ou foram engavetados... novamente? Para ajudar você a não perder o foco, listamos cinco maus hábitos – que geralmente estão no topo da lista dos propósitos de Ano-Novo – para se abandonar de vez. Psicóloga e coach, Edgmara Giordani dá as dicas de como trilhar um novo caminho e chegar ao final do ano com metas cumpridas e uma vida mais saudável.
“Compulsão alimentar, fumo, relacionamentos disfuncionais e consumismo são alguns comportamentos que estão a serviço de algo para suprir nossas necessidades emocionais. E ainda temos os comportamentos agressivos, que são reações a determinadas situações, que podem causar conflito nas relações”, afirma. Por isso, não espere uma tarefa fácil. Abandonar hábitos exige planejamento e muita disciplina. E o primeiro requisito é o autoconhecimento. “É preciso conhecer a si mesma para então identificar por que, entra ano, sai ano, e tudo continua igual”, explica.
A dificuldade de mudar é natural do ser humano. Possuímos muitos sabotadores emocionais, entre eles a procrastinação: amanhã eu faço, segunda eu começo, ano que vem vai ser tudo diferente... “Somos complexos e compostos por uma história de vida, ou seja, herdamos fatores que vão além da genética. Herdamos comportamentos, a chamada herança psicológica.” Apesar disso, há formas de dar um basta e conquistar a vida que você deseja. Vale salientar que para cada uma o processo é diferente, não havendo receita de bolo. No entanto, as dicas servem para auxiliar na reflexão e início dessa caminhada.

Compulsão alimentar

Compreender como está o estado emocional é fundamental no processo de entendimento da ingestão excessiva de alimentos (o que você come com a comida, que outros aspectos você pode estar ingerindo com a alimentação, ao ingerir o alimento o que lhe satisfaz?). Há vários tipos de fome, entre elas a emocional e a fisiológica, então, questione-se sobre qual é a sua. Consulte profissionais da área da saúde, como psicólogos e nutricionistas, que podem auxiliar você a identificar quais são as suas necessidades e dificuldades, amenizando a compulsão. 

Consumismo

O consumo excessivo é considerado uma compulsão, ou seja, se manifesta repetidamente, e o estado emocional pode ser um dos fatores. Geralmente o ato de comprar ocorre pelo fato de o indivíduo estar feliz, eufórico, triste, irritado... tais comportamentos desencadeiam ansiedade, a qual contribui para o ato repetitivo, havendo uma sensação de gratificação imediata e de que o sintoma desaparecerá. Comumente, o consumo pode estar associado à necessidade de autoafirmação, baixa autoestima, entre outros, e pode acarretar problemas financeiros, dificuldades nas relações, conflitos familiares, bem como deixar o comprador mais deprimido quando se deparar com os problemas pós consumo. Buscar orientação psicológica e psiquiátrica pode auxiliar no entendimento de seus comportamentos. Existe tratamento para as compulsões.

Comportamento agressivo (estresse) 

Alterações de humor podem estar relacionadas a situações do cotidiano. Porém, cabe salientar que se forem frequentes – como irritabilidade, agressividade, tristeza, apatia –, é importante questionar-se sobre o que está acontecendo. Os motivos desse comportamento são variados e podem estar relacionados a perdas, dificuldade financeira, término de relacionamento... A dica é buscar refletir, ter momentos consigo mesma, meditar, praticar atividades físicas, sair com amigos e buscar o autoconhecimento. Caso os sintomas não diminuam, procure ajuda psicológica, assim você poderá entender o que está desencadeando tais alterações. 

Relacionamentos abusivos

Quando falamos sobre relacionamentos abusivos e violentos logo pensamos em agressão física. Mas, e a agressão psicológica? Aquela que é velada, existindo controle do parceiro(a), a qual chamamos de ciúmes? O que se pensa sobre isso? A violência psicológica está no ato de gritar, humilhar, proibir de visitar amigos e familiares, desqualificar, desvalorizar e culpabilizar o outro. Como sair desse ciclo de relações? O passo mais importante é identificar se isso acontece em seu relacionamento. Em caso positivo, procure sua rede apoio (familiares, amigos), busque acompanhamento e suporte para entender o que acontece com você. 

Parar de fumar

Os fumantes relatam que se sentem mais tranquilos após uma tragada, porém há outras técnicas para relaxar. O tabaco tem propriedades psicoativas e estimulantes, isso significa que, ao contrário do que se pensa, ele não relaxa. Como citado por Emília Nunes (2006) em sua pesquisa, existem mais de 4,5 mil substâncias químicas com efeitos cancerígenos, mutagênicos, tóxicos e irritantes no tabaco. Parar de fumar é um processo que exige passar por uma bateria de exames, incluir na rotina hábitos mais saudáveis como caminhadas regulares, alimentação equilibrada e a compreensão da função que o tabaco ocupa em sua vida e quais os danos causados, ou seja, um ato de conscientização. 

Como iniciar a mudança

  • Reflita sobre como foi o ano anterior e planeje o seguinte – é um bom começo. Sempre há tempo, comece agora!
  • Defina metas e objetivos atingíveis, ou seja, não adianta estabelecer que vai emagrecer 20 quilos em uma semana, pois isso é irreal. 
  • Não terceirize resultados, os objetivos a serem alcançados devem depender somente de você.
  • Comece por metas de curto prazo, três meses, por exemplo. Ao passo que for atingindo os objetivos, planeje metas de médio prazo (seis meses), aumentando assim para os objetivos a serem atingidos em 12 meses.
  • Dica fundamental: pratique o autocuidado. O que tem feito para cuidar de si? Como está sua saúde mental e física? E suas relações?

Fonte: Afrodite 45