Cerca de 50% do corpo feminino adulto é formado por água – do homem chega a 60% e, da criança, 80%. Ela é usada em todas as reações químicas e metabólicas do organismo, ou seja, água é vida. Por isso os especialistas não cansam de recomendar a hidratação como uma das principais formas de se manter saudável. Uma pessoa normal perde uma média de 2,6 litros por dia, se houver atividades física e/ou muito suor, esse gasto pode aumentar em até um litro. 60% da reposição é feita com a ingestão de líquidos, o restante através dos alimentos. Então, faz todo sentido criar o hábito de tomar aqueles dois litros de água tão recomendados pelos nutricionistas. Mas é aí que surge uma dúvida: melhor com ou sem gás? Faz diferença?
Existem duas formas de gaseificação da água:
Natural: o próprio reservatório de água subterrâneo libera minerais e o calor agrega vapores e gases. A água aquecida fica leve e acaba subindo, onde é envasada para comercialização e consumo. Tem um sabor mais suave do que a água gaseificada.
Artificial: é o processo mais usado no Brasil e nos países que produzem água mineral. A água é retirada da fonte e armazenada em reservatórios de aço inox. Ali passa por um processo no qual todo oxigênio de sua composição é substituído por gás carbônico.
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Água x água
Ambas têm o mesmo poder de hidratação, e a gasocarbônica, mais conhecida como água com gás, é uma alternativa saudável para os adeptos dos refrigerantes, pois é livre de açúcares e calorias. Para quem faz atividade física, no entanto, a Associação Brasileira de Nutrologia indica preferencialmente o consumo da água mineral sem gás. Pela presença do dióxido de carbono, se ingerida em grande quantidade, a água com gás pode causar uma ligeira dilatação do estômago, resultando em um leve desconforto.
Consumo adequado
A água com gás possui um pH um pouco mais ácido (5 - 6) do que a água mineral (7/neutro), que pode irritar a mucosa gástrica de quem tem gastrite crônica ou duodenites, mas apenas se houver a ingestão em grandes quantidades. Especialistas afirmam que não existem evidências científicas de que o consumo adequado cause tais condições. Alguns estudos revelam, inclusive, que a água gaseificada pode até ajudar em alguns casos.
Em um teste, pessoas com problemas de constipação e/ou indigestão foram divididas em dois grupos, cada um deveria beber exclusivamente água com ou sem gás durante 15 dias. Ao final do período, foi constatada melhora nos sintomas de quem bebia a versão com gás, enquanto nada mudou entre os que ingeriam água comum. Ou seja, gosta de água com gás... aproveite!
Beba água
Manter uma hidratação adequada é fundamental para a saúde e o bom funcionamento do organismo. A quantidade recomendada por dia varia de pessoa para pessoa e tem a ver com seu nível de atividade física, a temperatura ambiente, a umidade do ar e outras condições físicas individuais. De forma geral, a indicação é beber dois litros por dia ou, para facilitar, uma média de oito copos de 250ml. Melhor ainda se não for ingerida durante as refeições, mas nos seus intervalos. O hábito de beber água ao longo do dia mantém o corpo hidratado, intestino funcionando e melhora a diurese. Uma dica? Tenha sempre consigo uma garrafinha de água.