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Adeus, solidão | Saúde e Bem-Estar | Revista Afrodite

Conheça o projeto Companhia Amiga

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O humano é um ser social. Traduzindo, fomos feitos para viver em grupos, precisamos de outras pessoas para darmos sentido a nossa vida. Apesar disso ou, por isso mesmo, a solidão vem preocupando especialistas do mundo inteiro. No Reino Unido, por exemplo, o assunto é tratado como problema de saúde pública e resultou na criação de um ministério exclusivo para cuidar do mal que já atinge 9 milhões de britânicos, algo em torno de 15% da população.

As mesmas pesquisas que indicam o crescente número de pessoas a se sentirem cada vez mais solitárias no mundo também revelam que o Brasil lidera o ranking dos países onde se vive menos sozinho. Mas a notícia não merece euforia. Levantamento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia feito com 2 mil pessoas acima dos 55 anos mostra que acabar sozinho é o pior medo de três em cada 10 entrevistados. O dado não surpreende se levarmos em conta que podemos nos sentir solitários mesmo estando rodeados de gente.

O que é

Estar só e se sentir solitário não são a mesma coisa. Solidão é um sentimento profundo de vazio e isolamento, uma sensação de desconexão, de que não se é compreendido por ninguém em seu entorno e não possui as relações significativas que gostaria. Mas, atenção, em algum momento de nossas vidas, todos podemos nos sentir solitários, e isso é normal, às vezes, até benéfico. Pode ser uma provocação para buscarmos novos ciclos de amizade, avaliar os relacionamentos atuais ou para colocarmos a vida em perspectiva. 

O problema é quando o isolamento social involuntário se torna crônico, pois pode reduzir o bem-estar, afetar a qualidade do sono e levar à tristeza. Algumas pesquisas indicam, inclusive, que pessoas solitárias e infelizes têm uma maior probabilidade de ficarem doentes.

Apesar de mais comum entre os idosos, qualquer um pode sofrer desse mal, inclusive crianças e adolescentes. Uma mudança brusca na vida, pressão no trabalho, perda de alguém querido ou mesmo um problema de saúde... são apenas alguns dos fatores que podem desencadear tal comportamento. A observação é a melhor forma de identificar a solidão em alguém, por isso, a dica é prestar mais atenção na sua família e amigos.

ALGUNS MALES DO ISOLAMENTO SOCIAL

  • Pesquisas recentes revelam como a solidão pode interferir na saúde:
  • Aumenta a disposição às infecções virais (da gripe ao HIV) e à doença cardiovascular, enfermidade associada aos processos inflamatórios, e derrame cerebral.
  • Reduz a qualidade do sono, causa fadiga e inibe a sensação de prazer associada a atividades recreativas.
  • Afeta o córtex pré-frontal, crucial para a tomada de decisões racionais, contribuindo para os riscos de comer mal, fumar, abusar do álcool, ganhar peso e levar uma vida sedentária.
  • Gera maior estresse e ansiedade.

Companhia Amiga

“A necessidade ou a simples vontade de conversar com alguém e não ter com quem é uma das piores sensações do mundo”, afirma a publicitária Estela Pezzi, que trouxe para Caxias do Sul o Companhia Amiga, um serviço com o objetivo de ouvir o outro, independentemente de idade, sexo, crenças religiosas ou políticas, sem preconceito. “Como seria ter companhia, ter com quem trocar uma ideia, conversar, desabafar, dar boas risadas sem se sentir julgado ou observado?” Foi a partir desses questionamentos que Estela teve a iniciativa de criar o projeto. “A intenção é levar uma dose de alegria ao dia de quem se sente solitário, com total discrição e sigilo.” Novidade na cidade, mas muito utilizado em diversas capitais, o serviço inclui outros benefícios, como ajudar na socialização em diferentes círculos. 

Visão global e desprendimento

Na sua trajetória pessoal e profissional, Estela percebeu que todos estão muito ocupados, sem tempo ou disposição para ouvir o outro, comportamento observado no Brasil e pelo mundo, já que morou fora do país por três ocasiões, nos EUA, Londres e Ásia (Filipinas e Tailândia). “Isso me proporcionou uma visão global, bem como o entendimento e o respeito a todas as pessoas, suas crenças, costumes e hábitos.” Caxiense, ela viveu grande parte da sua vida em Porto Alegre, onde se formou em Publicidade e Propaganda, foi sócia do bar IN Sano, conhecido por seu ecletismo e diversidade cultural, gosta de viajar, conversar, se exercitar e ama animais. “Tenho sete ‘filhos’: três gatos e quatro cachorros.” É casada há cinco anos, estuda Antropologia, Sociologia, Psicologia, além de assuntos alternativos e voltados à iluminação e desenvolvimento pessoal. Ela destaca, porém, que seu trabalho não substitui o acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico, ou seja, em casos de tristeza profunda, depressão ou outros males graves, a pessoa deve procurar um especialista.

Apresentado por Sala de Visitas - Terapias Holísticas Rua Visconde de Pelotas, 1091, sala 2
Centro - Caxias do Sul (54) 99126.0550
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