A medicina regenerativa é o processo de substituir ou regenerar células, tecidos ou órgãos humanos para restaurar as funções normais. Aqui no Brasil, alguns métodos dessa área já estão disponíveis, mas ainda há muito o que crescer. Como por exemplo, duas descobertas que podem evitar a transformação de nossa pele pela velhice e outra que ajuda na saúde dentária, basicamente acabando com as obturações.
Primeiro, a nova descoberta que pode reverter o efeito da velhice em nossa pele. O estudo, que na verdade focou na regeneração de feridas sem deixar cicatrizes, conduzido pela Universidade da Pensilvânia e teve o Professor George Cotsarelis como líder, foi publicado no ultimo dia cinco, 05/01, pela Science(American Association for the Advancement of Science). Esse mostra como folículos de cabelo possuíam o segredo para a regeneração dos adipócitos da pele, por meio de uma molécula chamada Bone Morphogenetic Protein (BMP).
Análises laboratoriais mostraram que os folículos capilares possuíam BMP, por isso que ferimentos em áreas com maior quantidade de cabelo parecem não cicatrizar de forma mais saliente. Isso por que o BMP sinaliza as células de miofibroblasto, que compõem a nova pele, a se converterem para adipócitos. O estudo então usou BMP em testes em modelos murinos e humanos, concluindo que a molécula tem o potencial de regenerar feridas sem deixar cicatrizes.
Obviamente, o grupo de cientistas também notou que os adipócitos são fundamentais para manter a aparência jovem da pele e, quando envelhecemos, essas moléculas de gordura vão desaparecendo e acabam dando lugar às temidas rugas. Sendo assim, um tratamento envolvendo Bone Morphogenetic Protein poderá chegar ao mercado algum dia como sendo o novo elixir da juventude. Ao menos superficialmente.
Já no lado bucal da medicina regenerativa, pesquisadores da King’s College London descobriram uma poderosa droga, que passou por testes clínicos para o tratamento de Alzheimer e é capaz de estimular células-tronco contidas na polpa dos dentes, para que se regenerem naturalmente. A droga, chamada Tideglusib, foi aplicada em um dente aberto, juntamente com uma enzima,Glycogen synthase kinase, em uma esponja biodegradável feita de colágeno. Ao mesmo tempo que a esponja degradava, novas células de dentina se formavam, fechando o ferimento no dente de forma completamente natural.
Isso mostra que a nova técnica tem o potencial de regenerar dentes e aposentar de vez as velhas obturações, que podem causar vários problemas, como infecções. Elas também precisam ser trocadas periodicamente, trazendo novamente o risco de infecção ao paciente.