Para muitas mulheres, a simples menção da plavara estria já é motivo de desconforto. Imagina então desfilar com elas por aí... Embora existam muitos tratamentos capazes de reduzir as marcas, eliminá-las por completo é tarefa quase impossível. Felizmente, sempre estão surgindo novas técnicas, e a camuflagem com tatuagem é uma das mais recentes e desejadas.
Rodolpho Torres, tatuador paulista, é reconhecido internacionalmente como criador do método e foi a partir de um curso com ele que o tatuador Shamis Cynowiec trouxe a novidade para Caxias do Sul. “Tem mulheres que se sentem tão incomodadas com as estrias que deixam de aproveitar a praia ou piscina, por exemplo, por não querer se expor. A camuflagem é um complemento aos tratamentos disponíveis hoje e ajuda a devolver a segurança e a auto-estima”, afirma.
As estrias são um processo de atrofia da pele que surge quando as fibras de colágeno e elastina se rompem e formam cicatrizes. Mais comuns nas mulheres, podem ser inicialmente lineares e rosadas, ou da cor da pele e deprimidas. Na fase tardia, são brancas com larguras variáveis. “Normalmente ocorrem por processo inflamatório decorrente de diversas situações, como crescimento muito rápido durante a puberdade, aumento excessivo de músculos por exercício físico exagerado, colocação de próteses, gravidez, obesidade, uso de medicamentos e outros”, explica a dermatologista Stela Cignachi.
Por isso, antes de camuflar as marcas, é importante realizar tratamentos, a fim de melhorar a textura e a saúde da pele. Ainda conforme a dermatologista, o tratamento das estrias deve ser realizado assim que elas surgem. “Nessa fase, os resultados são melhores, mas também podemos tratar as estrias tardias com resultados que variam de acordo com a técnica utilizada e a resposta da pele da paciente. O ideal é sempre fazer associação de técnicas”, orienta.
O procedimento
Depois de tratar a região, a arte da camuflagem começa com a avaliação do tom da pele, para buscar o mais aproximado do natural. Apesar de utilizar a mesma técnica que a das tatuagens comuns, a aplicação da tinta nesses casos é mais suave e a regulagem do equipamento também é diferente. E como a aplicação não persiste por muito tempo no mesmo local, a dor também é menor.
“A estria é uma área com menos sensibilidade, quem fez a camuflagem e já tem tatuagens afirma que dói menos. Mas, tem locais mais sensíveis, como atrás da coxa e atrás da panturilha”, afirma Shamis.
O valor do procedimento varia de acordo com a área de aplicação, partindo de R$ 1.500 e, como um dos cuidados é evitar a exposição ao sol de 45 a 60 dias, o período ideal para investir na nova técnica é de fevereiro a outubro. O tatuador também recomenta utilizar Bepantol spray na região, ficar cerca de uma semana sem praticar exercícios físicos e colocar gelo se sentir inchaço ou dor.
O procedimento é cotraindicado para mulheres que possuem estrias muito jovens ou muito vermelhas – porque há muita vascularização no local – e que estão amamentando.
Enquanto a dermatologista alerta para a mudança de cor da pele que ocorre normalmente conforme a exposição solar, tornando a estria mais visível, o criador da camuflagem afirma nas redes sociais e entrevistas que a técnica permite tomar sol normalmente, sem esse risco.
Como prevenir
Prevenir é sempre melhor do que remediar e, para Stela, as estrias devem e podem ser evitadas antes de se instalarem permanentemente. Para isso, as dicas são controlar o ganho de peso, evitando que a pele sofra grandes distensões, e fazer uso de cremes hidratantes, que auxiliam na barreira protetora da pele e na manutenção de sua qualidade.
Fonte: Afrodite 45