De acordo com pesquisa divulgada pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology, as mulheres negras estão sendo expostas a níveis mais altos de químicos tóxicos em produtos de beleza em comparação com as brancas.
“A pressão para atender os padrões ocidentais de beleza significa que as mulheres negras, latinas e asiáticas estão usando mais produtos de beleza e, portanto, estão expostas a níveis mais altos de produtos químicos conhecidos como prejudiciais para a saúde”, afirmou Ami Zota, epidemiologista ambiental da George Washington University, em comunicado.
De acordo com a pesquisa, muitas mulheres utilizam cremes faciais clareadores que contém esteróides ocultos ou mercúrio, além de relaxantes e alisadores para os cabelos que podem conter estrogênio. Essa exposição a toxinas pode deixar até mesmo os filhos mais sensíveis a certos químicos, principalmente se ocorrer durante a gravidez.
Segundo o estudo, 1 em cada 12 produtos comercializados para mulheres negras contém ingredientes prejudiciais. Menos de 25% dos itens para beleza afro representariam uma ameaça mínima, sendo considerados seguros – em comparação com 40% dos destinados a mulheres brancas.
“O uso do produto de beleza é uma fonte crítica, mas subestimada, de danos reprodutivos e injustiça ambiental”, concluiu Zota.
