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MMP, uma nova aliada | Sempre Saudável | Revista Afrodite

Microinfusão de Medicamentos na Pele

Foto Depositphotos
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Calvície, melasmas, sardas, queloides, cicatrizes, estrias, psoríase e até linhas de expressão... que atire a primeira pedra quem fica confortável com essas condições e não desejaria poder dar fim a elas. Por menor que seja o problema, ele se agiganta quando o confrontamos no espelho. E não precisa se sentir culpada, não. Humanos são seres insatisfeitos por natureza, motivo pelo qual as civilizações se desenvolveram, caso contrário, ainda estaríamos vivendo em cavernas! E claro que essa inquietude se expressa também quando o alvo é o nosso corpo, especialmente o da mulher.

Aliado dessa máxima, o mercado investe em tecnologias a favor da saúde e, consequentemente, da beleza. A novidade da vez é a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP), que vem sendo utilizada com sucesso para diversas doenças da pele e do cabelo. Técnica brasileira, criada pelo dermatologista Samir Arbache, de São Paulo, como o nome sugere, trata-se da introdução de medicamentos em pontos específicos diretamente na derme, o que torna os tratamentos muito mais rápidos, eficazes e uniformes. O procedimento é feito com o uso de uma pequena máquina com microagulhas em movimentos contínuos de vaivém sobre a área com velocidade e profundidade controladas. O objetivo é a absorção mais precisa e uniforme dos medicamentos, que se traduz numa ação mais eficaz dos princípios ativos para cada condição.

O procedimento

Para entender a dinâmica da MMP é importante saber que nossa pele, maior órgão do corpo humano, é formada por três camadas (epiderme, derme e hipoderme), as quais formam uma defesa física e biológica do organismo, regulando sua temperatura e sensibilidade. Essa proteção atua também impedindo a completa absorção de medicamentos quando usados em creme ou gel, por exemplo. A microfusão atravessa essas defesas, garantindo a chegada integral dos compostos necessários. “É uma evolução da entrega de medicamentos para pele”, explica o dermatologista Pedro Vilaça.

O que trata

  • Queda de cabelo e calvície (alopecia androgenética): tratamento onde o método tem apresentado os resultados mais consistentes. A aplicação é feita na área afetada do couro cabeludo sob anestesia local, com intervalo mensal. O número de sessões necessárias irá depender do estágio da queda capilar.
  • Manchas brancas causadas pelo sol (braços e pernas): a técnica provoca um estímulo ao retorno da pigmentação natural da pele, com uma resposta após duas semanas da aplicação. Antes da introdução do MMP essas manchas tinham difícil solução.
  • Cicatrizes hipertróficas e queloides: os medicamentos atuam diminuindo a altura, a rigidez e o alargamento dessas marcas, além de possibilitar o retorno da cor natural da pele.

Envelhecimento da pele, estrias, melasma (manchas escuras no rosto), seringomas (pequenas bolinhas abaixo dos olhos), verrugas e até psoríase também podem ser tratados pela MMP. Mas é fundamental destacar que a técnica exige conhecimentos específicos para ser realizada, por isso recomenda-se que os pacientes procurem dermatologistas para o procedimento e, melhor ainda, se forem integrantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Como funciona

A aplicação da MMP não é totalmente indolor, mas de forma geral é bastante tolerada pelos pacientes, tanto que em algumas aplicações não é indicado o uso de anestésico. Pode também ocasionar um mínimo de sangramento, afinal de contas tratam-se de agulhas penetrando de forma mais profunda na pele para depositar os medicamentos apropriados. 

Entre as vantagens do procedimento está o fato de não haver limite de idade para se submeter a ele, o que permite que boa parte das pessoas possam se beneficiar dos tratamentos para doenças dermatológicas. Contudo, apenas o médico terá condições de liberar o uso do método com segurança.

O pós-tratamento

Inchaço e vermelhidão que variam de leves a moderados fazem parte da pós- aplicação da MMP, já que as agulhas irão provocar microlesões na área tratada, mas são reações que desaparecem em poucos dias. A formação de pequenas crostas também é um dos efeitos comuns, no entanto, não impedem que o paciente retome suas atividades diárias imediatamente. Mas é importante que alguns cuidados sejam tomados, como não manipular a região tratada, evitar a exposição solar e aplicar produtos cicatrizantes receitados pelo especialista.