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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente surjam cerca de 403 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes, e que a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença. Dados assim motivam campanhas de alerta e de prevenção no mundo todo, e no Brasil não é diferente. Liderado pela Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC), o Setembro Dourado tem como finalidade informar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença por meio da percepção dos principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. O tema da campanha deste ano é Quem Ama está Sempre Atento.
A ação nacional busca usar todos os meios possíveis de comunicação social para sua divulgação. Um dos objetivos é, a exemplo dos países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançar 85% de chances de sobrevida para crianças e adolescentes com câncer – atualmente, esse índice no Brasil é de 60%. Ao longo deste mês de setembro, dezenas de ações serão realizadas pela CONIACC para destacar a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil e disseminar informações ao público em geral e aos agentes de saúde de todos os municípios brasileiros.
“Não é justo que uma criança ou adolescente tenha menor chance de cura por falta de informação e atendimento rápido em local especializado”, exemplifica Rocco Francesco Donadio, presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha (Domus), sediada em Caxias do Sul (RS). A Domus é uma das 48 filiadas nacionais da CONIACC que realiza ações de sensibilização na divulgação da campanha junto às comunidades onde estão inseridas.
A importância do diagnóstico precoce
Crianças com câncer em países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) podem ter até 85% de chances de sobrevida. Em países de baixo IDH, as chances caem para 20%. Isso demonstra que o investimento na saúde da população afeta diretamente as chances de sobreviver ao câncer, e que campanhas como o Setembro Dourado têm importância fundamental. “A responsabilidade pela suspeição dos sinais e sintomas não é só dos médicos. A responsabilidade também, e principalmente, é dos pais, pois os sinais e sintomas da doença são facilmente identificáveis se eles se importarem um pouco mais com seus filhos. As crianças merecem uma vida saudável e cheia de perspectivas para enfrentar, com a saúde, o mundo e as oportunidades que se apresentam”, enfatiza Donadio.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estima que 12.500 novos casos por ano surgiram no país (biênio 2018-2019). De acordo com as estimativas, anualmente cerca de 3.800 crianças não conseguem sequer chegar ao tratamento. “Diferente do adulto, raramente detectamos na criança exposição a fatores externos que estejam vinculados ao aparecimento da doença. Comumente, sua origem é embrionária, ou seja, a sua origem está na maioria das vezes nas células responsáveis pela formação dos diversos tecidos da criança na vida intrauterina. Como essas células têm alto grau de replicação, o câncer oriundo destas células é mais agressivo, e de evolução rápida. Porém, respondem melhor ao tratamento quimioterápico convencional, tendo maior chance de cura. Se diagnosticarmos precocemente, tratarmos com protocolos controlados e em hospitais adequados, esta chance de cura poderá ocorrer em mais de 70% dos casos”, destaca Donadio.
O problema
A solução
Saiba mais e participe
No endereço abaixo, saiba mais sobre a CONIACC e o câncer infanto-juvenil www.coniacc.org.br
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