Estamos no Agosto Dourado, Mês da Amamentação, vicenciando um período para discutir a grande relevância do tema. O leite materno é o alimento mais rico em nutrientes que existe. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é de amamentar até os dois anos de idade ou mais, sendo que nos seis primeiros meses o bebê receba apenas leite materno, sem necessidade de alimentos ou líquidos, já que ele supre todas necessidades da criança durante este período.
De acordo com a docente do curso de Psicologia da Anhanguera de Pelotas, Isane D'Avila, a amamentação possibilita um maior vínculo afetivo entre a mãe e o bebê e também está associada ao desenvolvimento cognitivo (processo pelo qual adquirem conhecimento sobre o mundo) e neurológico. "Durante a amamentação a mãe oferece os anticorpos dela para o bebê, protegendo contra possíveis doenças. Durante este período, há a estimulação em diversas esferas: visual, emocional, olfativo e tátil, diz.
O aleitamento materno promove benefícios para a saúde da criança: proteção contra diarreias, diminuição de prevalência de diabetes tipo I e II, obesidade, infecção do trato respiratório, asma, alergias alimentares, hipercolesterolemia e leucemia. "Para as mães é relatado benefícios, como: diminuição do sangramento pós-parto, menor risco de cânceres hormonais (mamário e ovariano), entre outros", informa a docente do curso de Nutrição da Anhanguera de Pelotas, Suely Ribeiro Bampi.
De acordo com a nutricionista, estudos publicados recentemente destacam o leite materno como fonte de probióticos, auxiliando na regulação do sistema gastrointestinal e no aumento da imunidade. Após completar os seis meses, alimentos saudáveis devem ser incluídos, gradativamente, na alimentação do bebê, iniciando com papinhas doces e salgadas. As orientações nutricionais energético-proteica devem ser calculadas e planejadas pelo nutricionista. A amamentação não deve ser um ato que provoque dor e desconforto. Caso a mãe encontre alguma dificuldade é necessário procurar auxílio de um profissional de saúde.