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O câncer nos animais de estimação | Revista Afrodite

O câncer nos animais de estimação

Muito se fala sobre o aumento do número de casos de câncer em animais de companhia e se buscam os motivos para esse aumento. Ocorre que nos últimos anos, os pets passaram cada vez mais a fazer parte da família, convivendo de forma mais próxima das pessoas, permitindo a percepção de alterações que antes passavam despercebidas, explica a médica-veterinária Daiane Halber, especialista em Oncologia. Além disso, os tutores têm interesse em diagnosticar e tratar seus pets para garantir uma vida mais longa e saudável. O câncer é uma doença frequentemente associada à idade, e a medicina veterinária tem evoluído para combatê-lo, oferecendo cuidados, diagnósticos e tratamentos que antes nem sempre estavam disponíveis.

O desafio
Existem diversos tipos de cânceres e cada um têm um comportamento diferente, que exigem tratamentos específicos. A saúde integral do paciente também precisa ser levada em conta, como outras doenças que ele possa ter, "o que é bem comum, já que estamos falando de animais idosos." Por isso, um dos grandes desafios é instituir a forma mais adequada de tratar cada pet.

As causas
Alguns tumores não têm causa conhecida, o que torna sua prevenção bastante difícil. "A convivência com as pessoas traz fatores predisponentes aos animais que antes não existiam, como alimentos industrializados, pesticidas, poluição, cigarro, uso de hormônios exógenos, entre outros", observa Daiane. Outros tipos de câncer já têm as causas bem estabelecidas, como exposição à radiação solar, lesões ou aplicação de medicamentos, virus, como os da FIV e FeLV em felinos, contágio direto de outros animais doentes, como o TVT (tumor venéreo transmissível) em cães.

Tumor de mama
Em época de Outubro Rosa, nada mais pertinente do que conhecer um pouco mais sobre os tumores de mama em cachorras. A boa notícia é que nem todos são malignos e, quanto menor o nódulo, maiores as chances de ser benigno. "Se for maligno, a solução pode também ser mais simples, ou seja, diagnóstico precoce aumenta a probabilidade de um resultado bem-sucedido." O tratamento do câncer de mama se inicia pela remoção do tumor, e o nódulo deve sempre ser encaminhado para um exame histopatológico, que irá determinar exatamente o tipo de câncer e a necessidade ou não de outros procedimentos, como a quimioterapia. A especialista alerta que os mais agressivos podem fazer metástases e, no caso dos tumores de mama, a área mais acometida são os pulmões. Por isso, exames de imagem, em especial a radiografia de tórax, são extremamentes importantes para definir a extensão do câncer e um plano de tratamento mais adequado.

Castração reduz risco
Os tumores mamários têm grande relação com o estímulo hormonal, por isso, a aplicação de hormônios exógenos para evitar o cio ou a gestação indesejada aumenta muito sua incidência tanto em gatas como nas cachorras. "A castração precoce, especialmente antes do primeiro cio ou entre o primeiro e o segundo, reduz muito a ocorrência, além de ser a forma mais efetiva de controle populacional e ajudar a evitar outras doenças, como a piometra e o TVT."

Apresentado por Empório de Bicho Medicina Veterinária
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