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Cirurgia exige cuidados | Leia na Revista Afrodite

Cirurgia exige cuidados

Quando nosso pet está doente e precisa passar por um procedimento mais sério, a preocupação afeta toda a família. A boa notícia é que o campo da cirurgia veterinária está cada vez mais avançado e, nas mãos de profissionais bem preparados, dá aos nossos melhores amigos a chance da recuperação de doenças graves, tratamento de lesões sérias e uma vida mais longa e com maior qualidade. A médica veterinária Luciane Ballardin, coordenadora da equipe clínica da Empório de Bicho, alerta para as importantes etapas e cuidados em casos de cirurgia.

CONSULTA
Doenças, castração, acidentes e fraturas são algumas situações em que se faz necessário submeter os animais a uma cirurgia. A consulta com o especialista na área é o primeiro passo para definir escolha da melhor técnica e planejamento cirúrgico, e para que o tutor entenda e tire todas as suas dúvidas sobre o procedimento, as indicações e os riscos. Importante observar que toda cirurgia exige preparos e cuidados pré e pós-operatórios.

PRÉ-OPERATÓRIO
É essencial uma revisão pré-cirúrgica para a análise da exata condição de saúde do pet e, assim, a definição de um perfil analítico pré-anestésico, de acordo com o tamanho e características como raça, idade, peso e tipo do animal. O processo inclui exames de pulmão e coração, sangue e urina, estado de hidratação e das mucosas, temperatura corporal e peso. Os resultados irão auxiliar na definição do melhor tratamento durante a cirurgia, de acordo com o metabolismo do pet. O checape pré-operatório também ajuda na condução do melhor tratamento de problemas que possam ser detectados durante o procedimento. Nos gatos, por exemplo, inclui a avaliação da existência de leucemia e imunodeficiência, devido à predisposição da espécie e ao risco de contágio que apresentam. O prepara pré-cirúrgico inclui ainda outros cuidados:
Jejum
O tempo de jejum pré-operatório irá depender do tipo de procedimento. A restrição hídrica é de no mínimo seis horas e, a alimentar, de 12 horas, podendo variar conforme solicitação do médico veterinário. Orientações que deve ser seguidas pelo tutor para garantir a segurança do pet na cirurgia. O jejum é importante para evitar riscos como a entrada de conteúdos na via respiratória, uma vez que o animal sob efeito de sedativo e analgésico perde a capacidade de controlar o fechamento e a abertura de válvulas e esfíncteres. Se outro tipo de preparo for necessário, o médico irá informar.

Anestesia
No momento do procedimento, o bichinho receberá anestesia geral, que o manterá dormindo e sem dores. Os medicamentos e técnicas mais adequados para cada caso devem ficar a cargo do médico veterinário anestesista, que também irá definir entre a opção inalatória (por via respiratória) ou intravenosa (injetável). Ambas têm prós e contras, cabendo ao profissional decidir qual a melhor para o paciente. Manter o animal estável durante a cirurgia, monitorando parâmetros como a frequência cardíaca, função e frequência respiratória, temperatura, saturação de oxigênio, pulso e perfusão capilar, além da pressão arterial, são alguns dos parâmetros monitorados pelo anestesista que estará apto a agir quando necessário. 

PÓS-OPERATÓRIO
Todos os pacientes cirúrgicos são monitorados durante a etapa de recuperação, período essencial para garantir a qualidade e segurança do procedimento, prevenindo hemorragias e outras complicações.

Cuidados
Durante as primeiras 24h, a anestesia pode provocar alguns efeitos colaterais, como sonolência, apatia e febre. É importante estar atenta aos sintomas que o pet possa demonstrar e, se os efeitos não passarem, procure o médico veterinário para verificar a necessidade de medicar o animal. Antibióticos, que evitam infecções, e analgésicos, que atuam no controle da dor, são as escolhas mais comuns nesses quadros. Mas em hipótese alguma medique o pet por conta própria.

Repouso
O descanso é fundamental para a completa recuperação do seu pet. Prepare um cantinho confortável para ele, evite barulhos e brincadeiras, bem como levá-lo para passear, pelo menos por alguns dias após a cirurgia.

Alimentação
É possível que haja mudanças no apetite do pet na fase pós-cirúrgica. Ele pode comer menos nos primeiros dias, por isso, até que o apetite volte ao normal, é recomendado servir pequenas porções de água e comida. Além disso, administre os medicamentos segundo as orientações médicas e controle as atividades físicas por no mínimo 10 dias.

Proteção
O médico veterinário irá orientar a melhor forma de proteger a incisão, que pode ser o colar elizabetano, roupas cirúrgicas ou acessórios que protejam a região para evitar lambidas, coçadas ou mordidas no local, impedindo que a região infeccione. Os sinais de problemas caso isso venha acontecer  incluem vômitos, inchaço, pus, vermelhidão, machucados e sangramentos ao redor dos pontos. Se o pet conseguir arrebentar algum ponto antes da cicatrização, leve-o com urgência para ser examinado.

Carinho 
e atenção
o mais importante após seu pet passar por uma cirurgia é receber muito amor, carinho, proteção e, claro, alguns cuidados especiais. Eles fazem toda a diferença para a total reabilitação na volta para casa. E lembre-se, o animal pode sofrer complicações se os cuidados no pós-operatório não forem respeitados.

RETORNO
O retorno à clínica após o procedimento é muito importante. Além da retirada de pontos, o médico veterinário irá reexaminar o pet e indicar como prosseguir no tratamento para a recuperação total do seu bichinho. E não esqueça, os animais precisam passar por revisões periódicas, que ajudam a garantir uma vida mais saudável e muito mais feliz.

Apresentado por Empório de Bicho Medicina 
Veterinária | Rua Carlos Giesen, 66, Exposição, Caxias do Sul | (54) 3025.2076 | 99971.3579     

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