Localizado na Baixada Maranhense, numa região de transição entre biomas, Monção tem mais de dois séculos de história e uma população que ultrapassa 30 mil habitantes. A realidade desse município encravado entre a Caatinga e a Amazônia foi capturada em imagens pelo jornalista Vagner Espeiorin.
Por cerca de 15 dias, ele atuou na localidade por meio do Projeto Rondon, desenvolvido pelo Ministério da Defesa, em 2015, e realizado em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). O resultado pode ser conferido na exposição “Onde a Amazônia começa e o Nordeste termina”, na Galeria de Arte do Campus 8 – UCS. A abertura da exposição ocorre no dia 7 de agosto, às 19h40, e integra as atividades da Semana da Fotografia de Caxias do Sul. As imagens poderão ser apreciadas pelos visitantes entre os dias 8 e 23 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h30.
Para o período em exposição no Campus 8, a mostra ganha uma obra inédita. Para abertura, está programada ainda um bate-papo entre os acadêmicos da Universidade com o jornalista e a fotógrafa Claudia Velho, que assina a curadoria da mostra.
“A exposição reúne algumas fotografias produzidas num município que possui um Índice de Desenvolvimento Humano abaixo do que se considerado como razoável. Apesar das carências do local, o que também poderá ser percebido nas imagens é a visível beleza da comunidade que por lá vive”, explica Espeiorin. Além de 19 imagens em preto e branco, a Galeria Sala de Exposição vai acolher também uma projeção visual sobre a localidade e um painel de releitura de uma das imagens produzidas pelo artista caxiense Gustavo Trindade.
Sobre a cidade
Com pouco mais de 30 mil habitantes - 12 deles no meio urbano, Monção se localiza no interior do Maranhão, sua umidade alta, típica para uma cidade entre o Nordeste e a região Amazônica, é embalada por ritmos musicais como tecnobrega e reggae. Cidade genuinamente brasileira, conta com forte expressividade cultural e histórica, mas apresenta economia pouco dinâmica. O IDH em Monção é de 0,546; inferior a 0,600 - número considerado razoável.
Conheça os envolvidos
Jornalista de 28 anos, Vagner Espeiorin atua como assessor de imprensa na Universidade de Caxias do Sul, onde trabalha com mídias sociais e com Marketing Digital. Nutre uma adoração especial pela fotografia, além de uma paixão pela Psicologia, graduação que estuda desde 2017.
Caxiense, Claudia Velho, de 37 anos, conclui o curso de Fotografia pela Universidade de Caxias do Sul, em 2013, e, atualmente, trabalha como fotógrafa da Instituição de Ensino. Tem um apreço especial pela captura de cenários bucólicos e de paisagens em que se destacam elementos marcados pela expressividade da natureza. Já atuou no Laboratório de Fotografia do Centro de Teledifusão Educativa da UCS e também tem experiência no tratamento digital de imagens.
Gustavo Trindade é um artista caxiense de 25 anos. Já estudou Artes na Universidade de Caxias do Sul e atualmente atua com desenho e pintura. Para a exposição, realiza a releitura de uma das imagens e utiliza a pintura com café. Seus trabalhados são marcados pela influência da Cultura Pop.