Dicas para ter aves como pet

Foto  Divulgação
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Animais como cães e gatos já se consagram como os pets preferidos das pessoas. No entanto, há quem prefira a companhia dos bichinhos cujo charme são as penas. É o caso da moradora de Sorocaba (SP), Michele Gomes, que tem como companheira a calopsita Sony. “Ela foi adquirida pela minha mãe como presente para meu irmãozinho e logo de início ficamos muito próximas. Quando ela ouvia o barulho do meu carro estacionando em frente à casa da minha mãe, já fazia um escândalo e ficava na porta me esperando. E assim foi, até que, por fim, acabei levando ela pra casa”, relembra Michele. Não demorou muito para que Sony se tornasse a dona da casa. A calopsita é quem dita as regras.  “Dormir até mais tarde nos fins de semana nem pensar. Ela vai até o quarto e ‘grita’ até alguém levantar e leva-lá para tomar sol. Porém, se acendemos a luz ou fazemos barulho enquanto ela dorme, o escândalo é certo. Nós é que somos os humanos de estimação dela”, brinca Michele. A personalidade forte das aves de contato – calopsitas, papagaios, periquitos, entre outras – é quase unanimidade. Natália Santos sabe bem disso. Ela convive desde que nasceu com Catarina, uma papagaio fêmea. “Além dela, temos um cachorro, o Olaf. Resgatamos ele da rua há aproximadamente um ano e meio. Com ele o convívio é tranquilo, mas a Catarina não costuma ser muito simpática não, principalmente com pessoas que não tem muito contato com a gente”, conta Natália.

Outra peculiaridade das aves é a dificuldade em se descobrir o sexo delas. Ketelyn Fernandes só percebeu que a calopsita Nino era Nina depois de 5 anos. “Ter uma ave não foi planejado. Uma conhecida tinha uma criação e nos deu a Nina dizendo se tratar de um macho. O tempo passou e um belo dia encontramos um ovo na gaiola dela e descobrimos que Nino era Nina”, conta Ketelyn. Assim como a calopsita Sony de Michele, Nina também elegeu seu “humano de estimação”. “Ela fica atrás de nós o dia todo, mas apenas minha mãe tem aval para fazer carinho. Claramente, minha mãe é a preferida. Onde ela está, a Nina está atrás”, diz.

Aves como pets

O biólogo Thiago Sá detalhou alguns pontos importantes para quem deseja ter as aves em casa. Confira!

  • As aves que podem ser criadas como pets são divididas em três grupos: Aves de contato, como calopsita, periquito, papagaio e agapornis. Aves de canto, como o Canário e o Pintagol. E, por fim, aves ornamentais como o diamante gould, mandarim, calafate e manon. A escolha da ave depende dos gostos pessoais do proprietário.
     
  • Cada espécie tem hábitos alimentares específicos, sendo que a maioria se alimenta de grãos. Porém, nenhuma espécie de ave doméstica se alimenta de um único tipo de semente. É importante que a ave tenha acesso à mistura de diferentes tipos de sementes, para garantir a diversidade de nutrientes.
     
  • Na hora da escolha da gaiola é importante avaliar o hábito da ave. Aves de bico curvo, como calopsita, periquito e papagaio, gostam de subir nas grades e poleiros. Já as de bico reto como canário, manon e diamante gould, ficam nos poleiros, pulando de um para o outro. Dessa forma, a gaiola deve ter espaço o suficiente para a ave se movimentar, abrir as asas confortavelmente, e os poleiros devem ser distantes, estimulando a movimentação do animal dentro da gaiola.
     
  • A limpeza do ambiente deve ser feito diariamente. Alimento e a água também devem ser substituídos todos os dias. Poleiros, ninho, brinquedos e grade devem ser limpos semanalmente. Para a rotina de limpeza, apenas água e álcool ou desinfetante sem cheiro. Caso as peças estejam muito sujas, pode-se deixar de molho no sabão neutro por alguns minutos, para facilitar a limpeza.
     
  • As aves de contato podem interagir com os donos, aprender truques e ficar soltas pela casa parte do dia, desde que amansadas desde filhotes e sob supervisão do proprietário. Já as aves de canto ou aves ornamentais não toleram o manuseio. A melhor forma de estimular a atividade da ave é a gaiola ou viveiro com bastante espaço.
Fonte: G1